Brasília, 1/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - A alta recorde das importações em setembro, divulgada hoje com os números da balança comercial, foi benéfica para o país. Os gastos com matérias-primas aumentaram 37,2%, combustíveis e lubrificantes, 29%, bens de capital, 20,5%, e bens de consumo, 19,5%. Isso, de acordo com o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, representa o crescimento da produção industrial.

Segundo o secretário, o aumento nas importações, neste caso, não preocupa o governo. "Cerca de 90% de tudo que o Brasil importa está diretamente vinculado à produção da indústria. Esse número irá refletir na formação de preços mais competitivos dos produtos destinados à exportação", enfatizou.

Ramalho destacou que o governo espera um aumento proporcional das importações até o final do ano. Segundo ele, isso já está acontecendo e provavelmente as importações neste ano deverão superar a marca de US$ 60 bilhões de dólares. "A expectativa é que cresçam as importações de alguns insumos, como o siderúrgico, que tem registrado aumento de preços no mercado internacional", disse.

O aumento das importações não deve alterar a meta do superávit da balança comercial, estimado em US$ 32 bilhões. "Prosseguindo nesse processo de crescimento, as importações devem superar US$ 60 bilhões e então o superávit ficará na faixa de US$ 32 bilhões" afirmou Ramalho.