Experiências do programa Agente Jovem são discutidas em videoconferência

01/10/2004 - 19h50

Brasília, 1/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - Coordenadores estaduais do programa Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano discutiram hoje, por meio de uma videoconferência, as experiências do projeto em cada estado. Criado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome, o programa está presente em 1.111 municípios de todo o Brasil e atende jovens entre 15 e 17 anos. Eles passam por oficinas, desenvolvem ações na comunidade e são capacitados para serem agentes comunitários.

Os adolescentes são acompanhados em horário alternativo ao da escola nos Centros de Desenvolvimento Social, (CDS), onde contam com equipes de assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. São desenvolvidas temáticas em áreas como cidadania, saúde e meio ambiente, e com base nelas, são oferecidas uma parte teórica e uma prática. O jovem tem um período de um ano dentro do projeto, podendo ser expandido de acordo com a situação.

Segundo o coordenador geral de regulação das Ações de Proteção Social Básica e responsável pelo projeto Agente Jovem, José Eduardo de Andrade, os jovens recebem uma bolsa no valor de R$ 65 mensais. "Esses recursos são repassados por meio de uma conta bancária. A bolsa ajuda também na renda familiar".

De acordo com José Eduardo, essa experiência amplia os conhecimentos dos adolescentes e também a sua relação com a comunidade. Há ainda uma ação de capacitação profissional, associada ao programa Agente Jovem, com cursos de formação e a possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

As secretarias municipais de assistência social são os órgãos responsáveis pela implantação do projeto em cada município. A diretora de assistência social da Secretaria de Estado de Ação Social do Distrito Federal, Elizabeth Garcia, afirmou que são atendidos, em média, 450 jovens em 6 cidades satélites do DF.

Segundo ela, um dos problemas do programa é o pagamento dos instrutores e dos bolsistas: "O repasse de recursos para pagamento dos instrutores e dos bolsistas tem de ser revisto, porque isso causa uma grande rotatividade. As pessoas entram, ficam um pouco e depois saem, quando aparecem oportunidades melhores de trabalho".

Elizabeth Garcia disse também que, do ponto de vista operacional, os estados e municípios tiveram dificuldades com relação a contratação. "Porque nós, que somos do governo, não podemos fazer uma contratação direta dessas pessoas. Então, para viabilizar a contratação, se buscou a parceria com entidades de assistência social".

Segundo o responsável pelo projeto, o jovem que se interessar deve procurar a Secretaria de Assistência Social do seu município, que fará sua inscrição e, quando houver uma vaga, o convocará para uma seleção.