São Paulo aposta na informatização da polícia para reduzir criminalidade

25/05/2004 - 19h16

São Paulo, 25/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, aposta na informatização da polícia paulista para reduzir a criminalidade e promover o esclarecimento mais rápido das ocorrências. É desta informatização que trata o Projeto Ômega, desenvolvido pela Divisão de Tecnologia da Informação do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol). "Saímos da fase em que era importante o faro do policial e passamos para uma fase de modernização na investigação", disse ele.

Segundo o secretário, os esforços foram concentrados nas cidades da chamada macro-região, que apresentam maior número de ocorrências é já estão mapeadas. São elas: São Paulo, Grande São Paulo, Sorocaba, Campinas, Santos, São José dos Campos.

Abreu Filho explicou que a prevenção pode ser feita à medida em que os dados da ocorrência entrarem no banco de dados."Com dois casos semelhantes, o cruzamento de dados será feito, definindo um parâmetro de conduta do criminoso", basta colocar um nome ou apelido no sistema, completou.

O banco de dados do projeto possui cadastro criminal, cadastro de armas, cadastro de veículos roubados, registro de multas, relação de desaparecidos, impressão digital, entre outras informações.

O secretário defendeu a implantação desse sistema em todo o País, ao comentar que "se hoje a secretaria de Segurança de Minas Gerais, quiser ter acesso às informações de São Paulo, é fácil, por meio de uma senha. O contrário não ocorre, é necessário mandar um ofício".

"Seria a polícia dos sonhos", comentou, se esse sistema estivesse interligando todo o Brasil, com outros órgãos como Polícia Federal, Banco Central, Receita Federal, Ministérios Público Estadual e Federal e Justiça.

A implantação do sistema custou R$ 9 milhões aos cofres do governo paulista,"sem ajuda do governo federal", declarou Abreu Filho, acrescentando que "estamos solicitando 5 % da contribuição dos paulistas no Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), com isso poderíamos implantar o sistema em todo o Estado".