Brasília, 25/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, justificou o aumento do desemprego para 13,1% divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como uma conseqüência do desenvolvimento da economia. Segundo o ministro, quando a economia cresce, mais pessoas tendem a procurar empregos. O ministro participou de audiência pública na Comissão do Trabalho da Câmara para discutir a redução da jornada de trabalho.
Berzoini também admitiu que a crescente busca por emprego está relacionada com a queda na renda familiar. E explicou que a elevação nos índices de inflação observada no ano passado, provocou a queda na renda familiar do brasileiro.
O ministro prevê a redução do desemprego no segundo semestre. "Nós temos uma convicção de que haverá uma queda nos índices de desemprego no segundo semestre, porque chegamos ao patamar de que aquela população que tinha que entrar no mercado de trabalho já o fez, e nós temos a geração de empregos formais e informações no patamar elevado por conta da dinamização da economia", explicou.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, disse que somente a retomada do crescimento da economia não é suficiente para gerar os empregos necessários. Segundo ele, a CUT propõe que o governo tome iniciativas como a redução da jornada de trabalho, contratação emergencial e lançamento de trabalho nos grandes centros. "Esperamos que seja chamada à responsabilidade os governadores e os prefeitos das grandes cidades para responderem a esse problema", afirmou Marinho.