Brasília, 25/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano, que participa, pessoalmente, do Dia Nacional de Mobilização pelo Registro de Nascimento, na tarde deste sábado, ressaltou há pouco a importância do documento, durante entrevista à Radiobras. Ele lembrou que o governo só pode ajudar as famílias com os programas sociais, se elas tiverem o documento. "Sem o registro, o cidadão não existe e, por isso, não pode ser inscrito no cadastro único, que habilitaria essas famílias a receberem auxilio via transferência de renda ou aposentadoria, enfim, a qualquer outro benefício que possa vir a ter direito".
Graziano afirmou que, mais surpreendente que o número de pessoas que não são cadastradas no primeiro ano de vida, cerca de 830 mil crianças por ano, é que aproximadamente três milhões, com mais de 12 anos, não têm o documento. "Em algumas regiões, a concentração dessas pessoas foi surpreendente. Eu citaria o sudoeste do Piauí, a região original do Fome Zero, em Guaribas e Acauã, e a região do Vale do Jequitinhinha". Esse número, de acordo com o ministro superou a estimativa do governo. "Foram 10% a mais do que esperávamos".
A idéia do Dia Nacional de Mobilização pelo Registro de Nascimento, segundo José Graziando, é chamar a atenção da sociedade. O governo espera, até o final do ano, poder registrar cerca de um milhão de pessoas.
Graziano explicou que qualquer cidadão pode ajudar o governo a identificar as pessoas que ainda não têm a certidão de nascimento. O governo criou uma cartilha para auxiliar no trabalho. Ela está disponível no site www.fomezero.gov.br, ou pode ser solicitada em qualquer cartório ou ainda pelo telefone 0800 707 2003.
Sobre a pesquisa da CNT/Sensus esta semana, que aponta o crescimento da aprovação popular da condução do Fome Zero, o ministro ressaltou que o programa é a ação mais visível do governo Lula. "A cada três pessoas entrevistadas pela pesquisa, duas já deram apoio ao programa. Esse apoio vem crescendo, nos últimos meses, com a adesão maciça de setores sociais, como igrejas, sindicatos e empresários ao programa".