São Paulo, 30/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Metalúrgicos de todo o país definiram hoje, no encerramento do Encontro Nacional dos Trabalhadores do Setor Automotivo, em São Bernardo do Campo, que a categoria vai reivindicar a criação de um Contrato Coletivo Nacional. Também devem defender a eliminação de diferenças salariais regionais e a redução progressiva da jornada de trabalho para 36 horas.
O encontro contou com a participação de 16 sindicatos de todo o país, ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Força Sindical. Os trabalhadores resolveram reivindicar piso salarial de R$ 1.200. O objetivo é eliminar as diferenças que ocorrem entre fábricas instaladas em diferentes partes do país. Os sindicalistas também fecharam questão em torno da redução do horário de trabalho para 40 horas semanais nos locais onde a jornada supere essa carga horária e, a partir daí, chegar a 36 horas, em todo o país, sem a redução dos salários.
A categoria definiu também que deverá ocorrer negociação prévia quando as montadoras apresentarem um plano de terceirização dos serviços. O coordenador do setor automotivo da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), filiado à CUT, Valter Sanches, disse que a categoria vai lutar por uma unificação das datas-base que entre em vigor a partir de setembro de 2004.
Sanches ressaltou que a categoria, que conta com cerca de 250 mil trabalhadores no Brasil, defende também o direito à organização sindical no local de trabalho, garantia de saúde e segurança, entre outros pontos. As reivindicações serão apresentados no Fórum de Competitividade do Setor Automotivo e para as entidades patronais.