Brasília - Acontece neste domingo, a sexta edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este ano, o exame conta com a participação de quase 1,9 milhão de jovens que estão completando o segundo grau em escolas de 605 municípios do país, incluindo todas as capitais. A prova terá 63 questões de múltipla escolha e uma redação para ser feita em 5 horas, e está prevista para começar às 13h.
O diretor de Avaliação e Certificação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Newton de Oliveira, ressaltou que o exame não faz parte de um processo de avaliação de quanto o aluno sabe, mas do conjunto de habilidades e competências para a vivência no mundo adulto. "O Enem é constituído a partir da idéia de avaliar o estudante no conjunto de habilidades e competências que ele adquiriu ao longo dos três anos de ensino, de modo que ele possa a interagir com o mundo. Ou como disse Galileu Galilei: ler o livro do mundo. Portanto, a idéia é uma avaliação qualitativa e não quantitativa. Ele é até usado como processo seletivo nas universidades, mas seu objetivo não é esse", explicou o diretor.
Newton Oliveira observou que o exame é importante tanto para o aluno quanto para o governo, que pode cruzar os dados e traçar o perfil do que é absorvido realmente pelo aluno.
Do total de participantes, cerca de 24% já eram concluintes do ensino médio nos anos anteriores, 7% fizeram supletivo e 12% ensino profissionalizante. "A condição para ser fazer o exame é que a pessoa já tenha concluído ou esteja terminando o segundo grau. Um grupo, que não é majoritário, faz o Enem com o intuito de medir suas habilidades ou de fazer parte de algum processo seletivo", disse o diretor.
Apesar de ser uma avaliação global, que não visa a quantidade, o exame também é muito utilizado para a seleção de alunos para o ensino superior. Atualmente, cerca de 410 universidades federais e particulares utilizam o Enem como etapa do processo seletivo.
Marina Domingos