Polícia apreende dois milhões de CDs falsificados em sobrado de São Paulo

30/08/2003 - 18h09

São Paulo, 30/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os dois chineses presos ontem, durante a apreensão de cerca de dois milhões de CDs falsificados, em Campo Belo, zona sul, permanecem detidos no Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Na segunda-feira, serão transferidos para um dos Centros de Detenção Provisória, na capital paulista. Chen Xin, de 35 anos, e Ni Yu, de 32, irão responder na Justiça por violação do direito autoral e violação de softwares. Se condenados, poderão cumprir pena de três a oito anos de prisão. Após uma denúncia a polícia chegou a um sobrado que servia como gráfica, laboratório, depósito do material falsificado onde eram embalados os CDs.

Na avaliação de Arthur Frederico Moreira, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Propriedade Imaterial, vinculada à Divisão de Investigações Gerais (DIG), dificilmente os chineses deixarão de ser condenados, já que a prisão foi em flagrante e existem provas suficientes da participação dos dois na "fábrica de CDs". Frederico Moreira explicou que os CDs virgens saem da China, passam pelo Paraguai e são vendidos no Brasil em lojas e no comércio ambulante, onde o consumidor compra o CD já gravado pelo preço de R$ 5,00 a R$ 8,00

A investigação contou com a participação da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos, criada em 1995, pela Associação Brasileira de Produtores de Discos, que tem o objetivo de denunciar a pirataria e acompanhar a apreensão e destruição do produto falsificado.