27/06/2010 - 11h00

Emergentes não podem carregar países ricos nas costas, diz Mantega

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – Representando o Brasil nas reuniões do G20 (que reúne os países mais ricos e alguns em desenvolvimento), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a consolidação da economia mundial não pode custar o esforço e a penalização dos países emergentes. “Os países exportadores não podem fazer os ajustes às nossas custas”, disse ele. “Não sou contra os ajustes, mas agora é desejável que os países emergentes não carreguem nas costas a retomada do crescimento [econômico].”

Os líderes mundiais concluem hoje (27) os debates do G20 e vão divulgar um comunicado conjunto com metas e recomendações. O ponto principal desta declaração são as medidas sugeridas para garantir a solidez da economia em meio a ameaças de recrudescimento da crise financeira internacional.

Segundo Mantega, o Brasil e outros países emergentes cumpriram a lição de forma correta, garantindo ações internas que impediram a contaminação de crises. O ministro afirmou que o Brasil deve reduzir o déficit nominal (que inclui o pagamento de juros) em alguns pontos percentuais até 2016. Segundo ele, a partir desta data, também deve haver uma redução da dívida externa até que  atinja níveis estáveis.

O ministro reiterou que são os países emergentes que estimulam o crescimento mundial, exercendo o papel de “puxadores” da economia. “Os países avançados é que estão retardando o crescimento econômico”, afirmou ele.

Porém, Mantega elogiou as últimas medidas adotadas pelos governos da Grécia, da Espanha e de Portugal para combater os efeitos da crise e impedir o agravamento da situação. Segundo ele, o G20 ocorre em um momento melhor do que há alguns meses. “A economia mundial está se recuperando, mesmo na União Europeia há recuperação”, disse ele.

Edição: Vinicius Doria

27/06/2010 - 10h47

Brasil diverge de Estados Unidos e União Europeia no G20 e diz não à taxação de bancos

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – Determinado a ampliar o espaço nas discussões econômicas mundiais, o Brasil assumirá hoje (27), no encerramento da reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne os países mais ricos e alguns em desenvolvimento),  opiniões divergentes das defendidas por Estados Unidos e União Europeia. Como os norte-americanos, o governo brasileiro prega que a crise econômica seja combatida com corte de gastos, desde que não se restrinjam as medidas de estímulo à retomada do crescimento. Ao contrário de Estados Unidos e Europa, o Brasil não quer a taxação dos bancos e espera a reformulação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos debates, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou ontem (26) duramente a possibilidade de os países ricos adotarem medidas que prejudiquem os emergentes, com restrições às relações comerciais. “Eu concordo em reduzir superávits, mas não aceito que os países tenham déficit em transações correntes”, disse ele.

Segundo o ministro, é possível consolidar o setor financeiro com corte de gastos públicos e adoção de políticas de estímulo ao consumo. De acordo com Mantega, o Brasil é “bastante assertivo” nesta defesa e não aceita recuos. “Em relação a este aspecto, os Estados Unidos estão numa posição semelhante a dos países emergentes”, disse.

Para o ministro, é fundamental ainda aprovar um calendário definindo prazos para a reforma do sistema financeiro internacional. De acordo com o governo brasileiro, há um desequilíbrio entre o que o Brasil representa e o poder de voto que tem no Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma das alternativas é que a reforma no FMI siga o modelo adotado pelo Banco Mundial que, pelas novas regras, dá aos emergentes um aumento de 3,13 pontos percentuais no poder de voto, totalizando 47,19%.

No entanto, Mantega admitiu que a reforma em si deve demorar para ser executada. De acordo com o ministro, deve levar, pelo menos, dois anos até a conclusão das eventuais mudanças na regulação do sistema. Mas a disposição deve ser definida hoje e confirmada em novembro, em uma nova rodada de negociações.

Na declaração final que será divulgada hoje, o G20 deverá recomendar a taxação dos bancos, mas nenhum dos países do grupo é obrigado a seguir. O Brasil integra a ala dos países contrários à medida.

Mantega disse que a proposta não corresponde às necessidades brasileiras porque, anteriormente, já foram adotadas medidas neste sentido, como a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Além disso, os bancos brasileiros não apresentaram problemas. Não cabe uma taxa única para o setor”, afirmou.

Edição: Vinicius Doria

27/06/2010 - 10h42

PPS formaliza apoio a José Serra à Presidência na escolha de outubro

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Partido Popular Socialista (PPS) formalizou apoio ao candidato pelo PSDB, José Serra, à Presidência da República nas eleições de outubro. Cerca de 500 integrantes da legenda participaram ontem (26) da Convenção Nacional. Serra não compareceu.

“O Serra lamentou não poder vir ao Rio, mas disse que está firme”, disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire.

“Esse é o melhor [candidato] e pronto", completou Freire sobre a notícia da escolha do PSDB de lançar o senador Álvaro Dias como candidato a vice presidente de Serra, que gerou uma crise com o aliado Partido Democrata (DEM). Freire completou dizendo que o assunto não devia ser transformado num “cavalo de batalha”.

O presidente do partido DEM, Rodrigo Maia, também era aguardado e não apareceu no encontro como protesto. O DEM ainda pretende definir o vice na chapa de Serra e deve pressionar o PSDB na Convenção Nacional do partido marcada para o dia 30.

A aliança nacional à candidatura é composta também por PTB e PSC. Estiveram presentes o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido Verde (PV), Fernando Gabeira.

Nesta manhã (27), o PMDB oficializa candidatura do governador do Rio, Sérgio Cabral, à reeleição, na Fundição Progresso, centro do Rio.

Edição: Talita Cavalcante

27/06/2010 - 10h26

Mantega nega que governo tenha dado pouca atenção à prevenção de tragédias no Nordeste

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem (26) que o governo tenha sido negligente com a Região Nordeste e que, por esta razão, as enchentes tenham provocado tantas vítimas em Pernambuco e Alagoas. Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva priorizou o assunto e optou por não participar das reuniões do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo e alguns emergentes) para acompanhar as medidas de socorro na região.

O ministro disse ainda que não falta dinheiro para apoiar as vítimas, nem para aplicar nas ações de reconstrução das comunidades atingidas. De acordo com Mantega, o mais urgente é garantir o “mínimo” às vítimas, como água, comida e abrigo.

“O presidente faz falta aqui [nas reuniões do G20]. Mas ele faz mais falta hoje no Brasil. É preciso uma ação rápida. Não é falta de dinheiro”, afirmou Mantega, que representa Lula nas reuniões do G20, em Toronto, no Canadá. “O mais emergencial é garantir água, comida e abrigo para a população. Ele [o presidente Lula] acha mais importante cuidar dos flagelados.”

No último dia 22, o governo federal liberou R$ 100 milhões para Alagoas e Pernambuco. Pelo menos metade deste valor foi encaminhada aos estados para os primeiros atendimentos à população. O restante será enviado ao final da análise dos danos causados na região. O estudo é elaborado pela Casa Civil.

Os recursos estão previstos na Medida Provisória (MP) 490, que destina R$ 1,2 bilhão para as áreas afetadas por enchentes. O objetivo é enviar ainda 75 mil cestas básicas. A Força Nacional de Segurança deixou 400 homens em alerta para operações em Alagoas e Pernambuco. A ideia é que os militares ajudem na segurança, no atendimento, na logística e na distribuição de alimentos. Eles também devem trabalhar também na reconstrução de pontes e na instalação de geradores de energia elétrica.

Edição: Vinicius Doria

26/06/2010 - 17h49

PTB confirma senador Romeu Tuma como candidato à releição

Da Agência Brasil

São Paulo - O diretório regional do PTB confirmou hoje (26) o nome do senador Romeu Tuma como candidato do partido à releição nas eleições de outubro. Em convenção estadual, a legenda oficializou também as chapas que vão disputar as eleições para deputados estaduais e federais.

Durante o encontro na Assembleia Legislativa, os petebistas também manifestaram apoio informal ao candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, que esteve na convenção. O presidente estadual do PTB e secretário-geral da executiva nacional do partido, deputado Campos Machado, reiterou o apoio ao candidato do PSDB, embora o PTB esteja fora da coligação formalizada pelos tucanos.

De acordo com o parlamentar, o PTB paulista terá três desafios nesta campanha: reeleger Tomeu Tuma no Senado, apoiar a candidatura de Alckmin e convencer os eleitores a votar na legenda do partido, o 14.

Edição: Talita Cavalcante

26/06/2010 - 17h33

Manifestantes queimam carro da polícia em protesto contra reuniões do G8 e G20

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – Os mais de 5 mil policiais nas ruas de Toronto, no Canadá, e o isolamento das principais áreas da cidade não evitaram hoje (26) manifestações de protesto contra as reuniões do G8 (grupo dos países mais industrializados do mundo) e do G20 (países ricos e alguns emergentes). Os conflitos entre manifestantes e policiais provocaram cenas de medo em alguns locais, como o incêndio de um carro policial.

Primeiro, os manifestantes depredaram o carro com paus. Depois, subiram no automóvel e, por fim atearam fogo. O maior dos protestos ocorreu a 2 quilômetros do centro de Toronto, onde ocorrem as discussões dos líderes mundiais. Os manifestantes protestam em relação aos mais diversos temas. Criticam a política externa dos países ricos, que impõem sanções ao Irã, condenam o bloqueio israelense da Faixa de Gaza e, também, a falta de apoio a medidas de defesa do meio ambiente.

Pelos dados oficiais, o governo do Canadá investiu cerca de US$ 960 mil apenas na execução do plano de segurança para as reuniões do G8 e do G20. As cidades de Toronto e Huntsville (a 215 quilômetros da capital canadense) ganharam reforço policial. As duas cidades foram divididas em zonas coloridas conforme o nível de segurança: vermelha, onde ficam as autoridades e cujo acesso está proibido para o público em geral; amarela, onde há acesso parcial; e verde, livre.

Nas zonas vermelha e amarela foram instaladas cercas de metal e barricadas para impedir a entrada de pessoas não autorizadas. O policiamento é mantido de forma ostensiva. Para passar, é necessário ter um documento expedido pelas autoridades de segurança do Canadá e dos países que integram os dois grupos. Estrangeiros são revistados com frequência.

Protestos durante as reuniões do G8 e do G20 são corriqueiros. Antes do início das discussões, um homem foi preso por policiais canadenses em casa. O homem guardava explosivos e, segundo investigações policiais, o material seria usado durante as discussões dos líderes mundiais em Toronto.

Edição: Vinicius Doria

26/06/2010 - 17h18

Federação Internacional de Jornalistas cobra segurança dos profissionais de imprensa na Copa

Vinicius Konchinski
Enviado Especial

Joanesburgo – A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) cobrou, em comunicado, garantias de segurança para os profissionais da imprensa que trabalham na cobertura da Copa do Mundo. Em documento publicado ontem (25) na página da entidade na internet, a FIJ pediu à Federação Internacional de Futebol (Fifa) que tome medidas para proteção dos 4 mil jornalistas que estão na África do Sul. “O sucesso deste evento é em parte devido ao trabalho dos jornalistas e da mídia. Eles merecem proteção em vez de ameaças e violência”, declarou o secretário geral da FIJ, Aidan White.

O apelo da FIJ foi feito dias depois da divulgação de duas notícias de ameaças a jornalistas que atuam na cobertura do Mundial. Na segunda-feira (21), o repórter Jean Robert Fouda sofreu ameaças do jogador da seleção camaronesa Alexandre Song. Song alega que Fouda noticiou falsas informações a seu respeito. Na terça, a jornalista argelina Asma Halimi foi agredida com um tapa pelo jogador Rafik Saïfi, também argelino. A agressão teria sido motivada por um artigo que ela escreveu sobre o jogador.

“Como os jogadores, os treinadores e o pessoal administrativo, os jornalistas são importantes na Copa do Mundo, pois tem a responsabilidade de informar o público dos desdobramentos da competição. Por esta razão, a sua segurança deve ser garantida”, complementou White.

Horas depois da divulgação do apelo, um novo caso de violência contra a imprensa foi divulgado por agências internacionais de notícias. Um ônibus que transportava jornalistas espanhóis foi apedrejado enquanto trafegava em uma área próxima da cidade de Potchefstroom. O incidente ocorreu após o jogo entre Espanha e Chile, disputado em Pretória. Ninguém ficou ferido.

Jornalistas brasileiros já foram vítima de um assalto na África do Sul. Três profissionais do jornal Folha de S.Paulo e um do portal Terra foram roubados no hotel em que se hospedavam em Joanesburgo.

Edição: Vinicius Doria

26/06/2010 - 17h00

Países ricos prometem US$ 5 bilhões para ajudar mães e crianças das nações mais pobres

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – Os países mais pobres vão receber até US$ 5 bilhões do G8 (grupo que reúne as nações mais industrializadas do mundo) para que desenvolvam programas direcionados à saúde de mulheres e crianças. Os governos da Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Espanha e Suíça, além de algumas fundações privadas, comprometeram-se ainda a enviar mais US$ 2,3 bilhões.

Os objetivo são fortalecer políticas públicas em curso e outras que devem ser implementadas, estimular a formação de profissionais de saúde e ampliar as redes de atendimento. O foco são países da África, mas a ajuda pode ser estendida a países pobres de outros continentes. O G8 é composto por Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Japão e Rússia.

“É inaceitável a melhora lenta relativa da saúde materna, embora dados recentes indiquem a redução da mortalidade [materna]. Milhares de mulheres ainda perdem suas vidas todos os anos ou sofrem por danos provocados por causas relacionadas à gravidez e ao parto”, diz a declaração final do G8, divulgada hoje (26).

Segundo o grupo, cerca de 9 milhões de crianças morrem por ano no mundo, antes de completar cinco anos de idade. “Nosso compromisso coletivo será reforçado a partir do apoio aos sistemas nacionais de saúde nos países em desenvolvimento para que estabeleçam tratamentos de cuidados continuados de saúde, como pré-natal, depois a gravidez, o parto e o acompanhamento da infância”, diz a declaração.

De acordo com o documento final, a doação dos recursos será acompanhada por técnicos que irão verificar a execução dos programas. O projeto envolvendo o dinheiro dos países industrializados será liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio de um programa específico denominado Plano de Ação Conjunto para Melhorar a Saúde das Mulheres e Crianças no Prazo de 2010 a 2015.

Edição: Vinicius Doria

26/06/2010 - 16h54

PT em SP oficializa Mercadante como candidato ao governo do estado

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Partido dos Trabalhadores em São Paulo oficializou hoje (26) as candidaturas de Aloizio Mercadante ao governo do estado, numa chapa formada com o vice, Clóvis Pinto Ferraz (PDT). Além disso, a legenda confirmou ao nome de Marta Suplicy para o Senado, e a coligação com 11 partidos (PCdoB, PDT, PSDC, PTN, PRP, PTdoB, PR, PPL, PRTB, PRB e PSL).

Durante a convenção estadual, o partido lançou ainda uma cartilha com 13 pontos do programa de campanha, que serão oficializados em agosto. Em um dos capítulos, o PT analisa que “São Paulo não companhou o progresso do Brasil”. No discurso, Mercadante destacou que quer ser “o governador da educação porque [ela] é a porta do futuro”.

Também ressaltou que, caso eleito, pretende investir em obras de infraestrutura incluindo, além de melhora na oferta do transporte público e de cargas, as que poderão capacitar a cidade para receber grandes eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas, em 2016.

Edição: Talita Cavalcante

26/06/2010 - 16h30

Uribe pede ajuda dos países ricos para combater as Farc

Renata Giraldi
Enviada Especial

Toronto (Canadá) – A menos dois meses de concluir o mandato, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, apelou ao países do G8 (os mais industrializados do mundo) para que colaborem com o combate às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Uribe fez o pedido durante as reuniões do G8, em Huntsville, Canadá, distante 215 quilômetros da capital Toronto. As informações foram confirmadas pelo governo colombiano.

“Eu disse ao Canadá, à União Europeia e aos Estados Unidos que é muito importante para a Colômbia manter a declaração conjunta de apoio ao combate desses grupos terroristas. Estes grupos são declarados [terroristas] no Canadá, nos Estados Unidos e na União Europeia”, disse ele.

Uribe reiterou a necessidade de cooperação internacional para combater o terrorismo em todos os países. O presidente lembrou que a Colômbia trabalha nessa luta com outras nações. "Insistimos na necessidade de assistência internacional, de cooperação entre todos. Nós não ganhamos nada para reduzir o terrorismo em um país e aumentar em outro”, afirmou.

O presidente colombiano disse ainda que as forças de segurança se empenham no combate ao narcoterrorismo com o objetivo de dar mais garantias de segurança aos cidadãos. "A confiança permite que a comunidade participe mais. Encorajamos todos os dias, em nome da solidariedade, o esforço das forças de segurança colombianas nessa luta contra o terrorismo e a insegurança”, disse.

Uribe deixa o governo no dia 7 de agosto. No lugar dele assumirá a Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, que foi ministro da Defesa do atual governo e é aliado político de Uribe. Santos venceu as eleições, concluídas em maio, com ampla margem de votos sobre o candidato oposicionista Antanas Mockus, do Partido Verde.


Edição: Vinicius Doria

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