01/07/2010 - 17h18

Financiamentos do BNDES somam R$ 46 bilhões de janeiro a maio

 

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 46 bilhões entre janeiro e maio deste ano, com um aumento de 41% em comparação ao mesmo período de 2009.

O resultado se deve, em grande parte, ao Programa de Sustentação do Investimento do banco (BNDES PSI), lançado pelo governo federal em julho do ano passado para estimular o setor produtivo.

A produção e a aquisição de máquinas e equipamentos por meio do BNDES PSI totalizaram desembolsos de R$ 18,4 bilhões, no acumulado dos cinco primeiro meses de 2010, disse hoje (1º) à Agência Brasil o superintendente da Área de Planejamento do BNDES, Cláudio Leal,

Desde a criação do programa, os desembolsos acumulados chegam a R$ 36,6 bilhões e as operações contratadas, R$ 55,6 bilhões. “É um programa bem sucedido que foi responsável por ajudar a sustentar o investimento na travessia da crise”.

Leal afirmou que uma das características do BNDES PSI é a pulverização de recursos por todos os setores. “Isso é bom porque garante que há um crescimento realmente disseminado por todos os setores da economia, desde a agropecuária, a indústria, a infraestrutura, o comércio e serviços. Em todos os setores, a gente é capaz de apresentar número de crescimento expressivo em relação ao ano passado. Não concentra. E isso acaba sendo um indicador de que o crescimento é generalizado na economia”.

A área de infraestrutura recebeu 41% dos desembolsos entre janeiro e maio deste ano, o que somou R$ 18,6 bilhões. Destaque para o segmento de transporte rodoviário, cujos desembolsos, no montante de R$ 9,8 bilhões, mostraram expansão de 119% em relação a igual período do ano passado, como efeito também do programa, que ampliou os investimentos na produção de ônibus e caminhões. Os desembolsos nessa área alcançaram R$ 7,2 bilhões.

Para a indústria, foram destinados R$ 13,3 bilhões em financiamentos nos cinco primeiros meses do ano. O setor de comércio e serviços ficou com liberações de R$ 9,8 bilhões e a agropecuária com R$ 4,2 bilhões. Com o início, hoje, do ano safra 2010/2011, a expectativa do banco é de que haja uma ampliação de projetos para aquisição de máquinas e implementos agrícolas, boa parte por meio do BNDES PSI.

No setor industrial, o destaque foi o segmento de alimentos e bebidas, com desembolsos de R$ 4,1 bilhões, um crescimento de 145% em comparação ao mesmo período de 2009. O BNDES salientou ainda o desempenho do segmento têxtil e de vestuário, que registrou liberações de R$ 585 milhões até maio. O aumento observado foi de 299%. Em maio, as liberações atingiram R$ 10,4 bilhões, 72% acima do total desembolsado em igual mês de 2009.

Nos últimos 12 meses encerrados em maio, os financiamentos do BNDES tiveram aumento de 64%, com R$ 150,7 bilhões. Desse total, a maior parte dos recursos (R$ 64,4 bilhões) foi destinada para projetos de infraestrutura. O resultado inclui o financiamento de R$ 25 bilhões, concedido à Petrobras no ano passado.

Cláudio Leal disse que os números de junho, que estão sendo consolidados agora, deverão superar o resultado de maio, ampliando também o desembolso acumulado. “Nós estamos rodando na faixa anual em torno de R$ 126 bilhões a R$ 130 bilhões. É um número bastante significativo”.

 

Edição: Aécio Amado

 

01/07/2010 - 17h12

Energia gerada em junho aumenta em relação a 2009 embora esteja menor que a de maio passado

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Dados preliminares, divulgados hoje (1) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), revelam que a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) caiu 0,7% em junho em comparação a maio.

Já em relação a junho do ano passado, houve aumento de 10,6% na energia gerada. Também foi registrada alta no acumulado dos últimos 12 meses até junho, em relação ao mesmo período anterior, quando o SIN mostrou crescimento na energia gerada de 6,5%.

De acordo com o Boletim de Carga Mensal da Diretoria de Planejamento e Programação da Operação do ONS, o aumento da carga em comparação a junho de 2009 se deve à “continuidade do crescimento econômico, com a retomada da produção industrial que vem sendo observada desde meados do ano passado”.

Nos seis primeiros meses de 2010, a carga de energia mostrou evolução de 10,5%. À exceção do Subsistema Sul, todos os demais subsistemas do SIN apresentaram queda da carga de energia, em junho, em relação ao mês anterior. Enquanto a carga de energia teve variação positiva de 3,1% no Subsistema Sul, nas demais regiões, ela caiu 0,8% (Subsistema Sudeste/Centro-Oeste), 3,5% (Subsistema Nordeste) e 2,1% (Subsistema Norte).

Na comparação com junho do ano passado, a carga evoluiu em todos os subsistemas, atingindo alta de 13,2% no Nordeste, 11,6% no Sudeste/Centro-Oeste, 7,6% no Sul e 5% no Norte. O ONS registrou também variação positiva na carga de energia em todas as regiões brasileiras nos 12 meses encerrados em junho. A maior alta (8%) foi observada no Subsistema Nordeste. Já a menor variação positiva (3%) ocorreu no Subsistema Norte.
 

Edição: Lana Cristina

01/07/2010 - 16h58

Irã avisa que vai ampliar o apoio aos palestinos

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em reação às sanções impostas por parte da comunidade internacional ao Irã, o porta-voz do Parlamento do país, Ali Larijani, avisou hoje (1º) que deve ser intensificado o apoio aos palestinos no impasse com Israel. Larijani não esclareceu como isso ocorrerá. Mas, segundo ele, se a pressão sobre os iranianos aumentar, a ajuda à causa palestina no Oriente Médio também será ampliada.
  
As informações são da Irna, agência oficial de notícias do Irã. Larijani fez as afirmações durante a reunião de emergência da União Parlamentar da Organização da Conferência Islâmica sobre a Palestina, em Damasco, na Síria. No começo deste mês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados Unidos, o Canadá e a União Europeia impuseram uma série de sanções ao Irã. As medidas atingem principalmente os setores comercial e militar do país. Larijani disse que essas iniciativas “custarão caro” para quem as aprovou. Mas o porta-voz não detalhou a afirmação.

“A questão nuclear do Irã poderia ser resolvida por meio da diplomacia e da política”, disse Larijani. “Eles [os defensores das sanções] devem entender que tais medidas não têm efeito sobre a decisão política do Irã".

Na semana passada, uma organização não governamental do Irã informou ter preparado embarcações com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. No fim do mês passado, Israel atacou navios que levavam mantimentos para os moradores de Gaza. A ação deixou nove mortos e mais de 30 feridos em um dos navios, de bandeira turca.

A economia de Gaza está bloqueada por Israel desde dezembro de 2007. Nos últimos dias, o governo israelense anunciou a redução das restrições permitindo a entrada de alguns tipos de alimentos, roupas e brinquedos. Para as comunidades árabe e iraniana, as medidas são insuficientes.

Edição: Vinicius Doria
 

01/07/2010 - 16h49

Haddad defende revisão das metas do Ideb para escolas e redes de ensino

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje (1º) que as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as escolas e redes de ensino poderão ser revistas a partir da próxima avaliação, já que os objetivos têm sido antecipados nas duas últimas edições do índice.

“Entendo que o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela avaliação] pode convidar um grupo de pesquisadores para começar a avaliar a necessidade e a oportunidade de fazer isso agora”, disse.

Mas, segundo ele, as metas nacionais do índice não devem ser alteradas por enquanto. “Temos que ter um pouco mais de cautela, porque o esforço para melhorar é cada vez maior e vai exigir mais ciência, mais interação entre os entes federados para que possamos atingir os nossos objetivos”, disse.

Os números do Ideb, divulgados hoje pelo Ministério da Educação, mostram que o índice no ano passado foi de 4,6 para os anos iniciais do ensino fundamental, meta prevista para 2011. Em 2007, o Ideb foi de 4,2, que era a meta de 2009. Em 2005, quando foi criado, a média nacional foi de 3,8 pontos (em uma escala de 0 a 10) para os primeiros anos do ensino fundamental.

O Plano de Desenvolvimento da Educação estabelece a meta de que o Brasil atinja a nota 6 no Ideb até 2022 - média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável à dos países desenvolvidos. Para Haddad, apesar de estar longe de suas metas, o país está no caminho certo.

“Temos condição de, mantido esse passo, cumprir a cada dois anos as metas de qualidade e chegar em uma situação confortável em 2021, quando teremos uma educação na qual a média de proficiência das crianças equivale à das crianças dos países mais desenvolvidos do mundo”, avaliou.

O Ideb mede a qualidade do ensino oferecido pelas escolas públicas com base na nota da Prova Brasil e nos índices de reprovação. No ano passado, a Prova Brasil foi aplicada nos anos iniciais do ensino fundamental em 5.467 municípios para 2,5 milhões de alunos. Nos anos finais, a prova foi aplicada em 5.498 municípios para 2 milhões de alunos. Também participaram da avaliação 56,3 mil alunos do 3° ano do ensino médio em 750 escolas.

Haddad disse que o crescimento das notas do Ideb pode diminuir um pouco daqui para frente, mas isso já foi previsto pelo Inep. “Provavelmente observaremos daqui para a frente um crescimento um pouco mais modesto nos anos iniciais, mais forte nos anos finais e no ensino médio, que vão colher o esforço que foi feito para que as crianças tivessem um aprendizado melhor”, avaliou. Segundo o ministro, o Ideb serve para combater as indústrias da repetência e da aprovação automática.

Em todos os níveis avaliados, o rendimento escolar, que mede a taxa de aprovação dos alunos, aumentou de 2005 para 2009. Também houve um aumento nas notas da Prova Brasil, tanto em língua portuguesa quanto em matemática.

Na próxima semana, o Ministério da Educação vai publicar no Diário Oficial da União os dados por escola e rede, abrindo prazo de 30 dias para que eventuais equívocos na remessa de dados para o Inep possam ser corrigidos.

 

 

Edição: Lílian Beraldo

 

01/07/2010 - 16h34

Polícia Federal autoriza Guarda Municipal de Barra Mansa (RJ) a voltar a usar arma de fogo

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Guarda Municipal de Barra Mansa, no sul fluminense, voltou a ter autorização para usar armas de fogo, a partir de um convênio assinado ontem (30) com a Polícia Federal. Segundo informações da prefeitura, Barra Mansa é o primeiro dos 92 municípios fluminenses a obter esta autorização.

De acordo com o gestor de Segurança Pública de Barra Mansa, Jefferson Mamede, os guardas municipais da cidade já usaram armas de fogo durante 18 anos, entre 1990 e 2008. Naquele ano, uma mudança na legislação condicionou o uso desse tipo de armamento a uma autorização da Polícia Federal.

Mamede explica que o uso de armas de fogo será restrito a situações especiais, como invasões de prédios municipais no horário noturno e crimes ambientais em que o infrator esteja portando armas. No patrulhamento de rotina, no turno do dia, e nas operações de trânsito, os guardas de Barra Mansa continuarão usando armamentos não letais.

“A utilização dessas armas de fogo só se dá em situações de extremo risco para a atuação do agente. Os guardas que atuam diretamente com a comunidade, que atuam nas praças, que atuam nas escolas durante o dia, que atuam no trânsito utilizam o armamento não letal”, disse Mamede.

Como o uso das armas será restrito a locais e horários de pouco movimento, Mamede não acredita que o armamento da Guarda Municipal possa representar um aumento do risco para a população civil.

Ele conta que, durante os 18 anos em que a Guarda Municipal de Barra Mansa utilizou armas de fogo, apenas um confronto com vítima foi registrado no município. “Houve um caso em que o guarda alvejou um cidadão na perna, porque ele invadiu um espaço da prefeitura no período da madrugada e não obedeceu às ordens do agente”, disse Mamede.

Os guardas de Barra Mansa tiveram que passar por exames psicológicos, treinamento de tiro e cursos supervisionados pela Polícia Federal. Cerca de 120 dos 137 agentes da cidade se qualificaram para utilizar as armas.

Mamede explicou que outros municípios fluminenses também aguardam a autorização da Polícia Federal para que suas guardas municipais possam usar armas de fogo, entre eles seus vizinhos Volta Redonda e Resende.
 

 

Edição: Lílian Beraldo

 

 

01/07/2010 - 16h31

Agências da Caixa em cidades atingidas pela enchente vão abrir no sábado para pagar Bolsa Família

Da Agência Brasil

Brasília – A Caixa Econômica Federal atenderá os beneficiários do Bolsa Família atingidos pelas enchentes no Nordeste, em horário especial, nos estados de Alagoas e Pernambuco. No próximo sábado (3), as agências da Caixa Porto Calvo, Quilombo dos Palmares e Palmeira dos Índios, em Alagoas, estarão abertas para pagar o benefício. E, nas agências Jaboatão, Praia de Piedade, Camaragibe, Ipojuca e Cabo, em Pernambuco, o funcionamento especial começa na segunda (5).

Segundo a Caixa, serão atendidos preferencialmente aqueles que perderam todos os seus documentos em virtude das fortes chuvas que assolaram cidades dos dois estados. Cada município encaminhará os beneficiários para as agências, acompanhados do representante do Bolsa Família.

O beneficiário preencherá uma declaração em modelo próprio, juntamente com o representante da prefeitura, para a efetivação do saque e será providenciada, de imediato, a emissão da segunda via do cartão do Bolsa Família.

Confira os locais e horários de atendimento:

Alagoas

Agência Porto Calvo – atendimento aos beneficiários dos municípios de Jacuípe, Jundiá, São Luiz do Quitunde, Matriz de Camaragibe e Maragogi. Sábado (3) e a partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Quilombo dos Palmares, na cidade de União dos Palmares – atendimento aos beneficiários dos municípios de Murici, Branquinha, São José da Lage, Santana do Mundaú e União dos Palmares. Sábado (3) e a partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Conceição do Paraíba, na cidade de Capela – atendimento aos beneficiários dos municípios de Cajueiro e Capela. Sábado (3) e a partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Teotônio Vilela, na cidade de Viçosa – atendimento aos beneficiários dos municípios de Paulo Jacinto e Viçosa. A partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Palmeira dos Índios – atendimento aos beneficiários do município de Quebrangulo. Sábado (3), das 7h às 16h.

Pernambuco

Agência Jaboatão – atendimento aos beneficiários do município de Moreno. A partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Praia de Piedade, na cidade de Jaboatão dos Guararapes – atendimento aos beneficiários do município de Jaboatão dos Guarapes. A partir de segunda (5), das 7h às 16h.

Agência Camaragibe – atendimento aos beneficiários do município de Camaragibe. A partir de segunda (5), das 7h às 15h.

Agência Ipojuca – atendimento aos beneficiários do município de Ipojuca. A partir de segunda (5), das 7h às 15h.

Agência Cabo – atendimento aos beneficiários do município de Cabo de Santo Agostinho. A partir de segunda (5), das 7h às 15h .
 

Edição: Lana Cristina
 

01/07/2010 - 16h06

Estado de saúde da americana que sofreu queimaduras de 80% do corpo preocupa

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
 

Rio de Janeiro - O casal americano, Sarah Nicole, 28 anos, e David James Mc Laughlin, 31 anos, atingido pela explosão de um bueiro da empresa de energia elétrica Light, na última terça-feira (29), na zona sul do Rio de Janeiro, reage bem ao tratamento de queimaduras na Clínica São Vicente, no bairro da Gávea, onde está internado. A avaliação feita no início desta tarde (1º) pelo cirurgião plástico Marco Aurélio Pellon, responsável pelo caso, é de que a cicatrização das queimaduras comece a ocorrer nos próximos dez dias e a internação do casal pode se prolongar ainda por 30 a 45 dias.

Pellon demostrou maior preocupação com o caso de Sarah, que teve 80% do corpo queimados. Apesar de otimista com a resposta da paciente, o cirurgião plástico observou que o risco de morte, no caso da americana, ainda é de cerca de 90%.

“Ela tem uma queimadura muito extensa, o que inspira muito cuidado por se tratar de uma queimadura grave. Estatisticamente é um risco de morte muito elevado. Só que no caso dela, como ela não tem queimaduras de vias aéreas, não tem queimadura extensa de 3º grau e é uma pessoa jovem, está apresentando e deverá apresentar uma boa evolução. Mas nada nos garante que ela vai evoluir 100% bem. No momento, ela está estável e não está demonstrando que vai evoluir mal”, afirmou o cirurgião.

De acordo com Pellon, David, que teve 30% do corpo queimados, está fora de perigo. O cirurgião garantiu que os dois conversam e se alimentam por via oral e disse que para garantir um reforço ao organismo, principalmente no caso de Sarah, a alimentação ainda está sendo complementada por sonda ligada diretamente ao intestino e os ferimentos limpos diariamente sob sedativos.

“Ela é submetida a um banho, tratamento chamado de balnoterapia. Aquelas lesões são limpas para eliminar as toxinas porque a queimadura gera toxina que é absorvida pelo corpo como uma coisa estranha, então esgota o sistema imunológico e propicia o surgimento de infecção. O tratamento consiste em deixar a lesão a mais limpa possível e aplicar substâncias que são antibióticos tópicos para evitar que haja crescimento bacteriano na ferida”, explicou Pellon.

O médico disse ainda que o casal está sendo tratado em quartos diferentes para evitar complicações, como contaminação dos ferimentos, mas que se veem com regularidade. Pellon garantiu que Sarah e David não apresentaram quadros de estresse ou depressão e que já conseguiram fazer contato com seus pais que devem chegar ainda hoje ao Rio de Janeiro.

A explosão aconteceu na manhã de terça-feira quando um bueiro da Light que fica na esquina da Rua República do Peru com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, zona sul da cidade, explodiu. O casal atingido foi levado inicialmente para o Hospital Municipal Miguel Couto e depois transferido para a Clínica São Vicente.
 


Edição: Lílian Beraldo

 

01/07/2010 - 16h05

Gilmar Mendes suspende primeira inelegibilidade de político com ficha suja

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu hoje (1º) a primeira inelegibilidade resultante da Lei da Ficha Limpa. O ministro Gilmar Mendes determinou que a Justiça Eleitoral não pode negar registro de candidatura do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) para cargo eletivo com base nas restrições da Lei da Ficha Limpa. O senador pretende se reeleger ao Senado.

Com a decisão de hoje, ficam suspensos os efeitos de inelegibilidade da condenação imposta ao senador pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). Fortes foi condenado em uma ação popular por conduta lesiva ao patrimônio público. O senador teria usado a publicidade da prefeitura de Teresina para se promover quando era prefeito da cidade entre 1989 e 1993.

O político virou alvo da Ficha Limpa porque a norma torna inelegíveis as pessoas condenadas - por órgãos colegiados - pela prática de crimes como improbidade administrativa e uso da máquina pública para promoção pessoal. Antes da lei, somente se tornavam inelegíveis políticos com condenação definitiva na Justiça.

A decisão de Gilmar Mendes suspende a inelegibilidade de Fortes até que a 2ª Turma do STF conclua o julgamento do recurso interposto pelo senador. O julgamento do recurso foi suspenso em novembro de 2009 por um pedido de vista do ministro Cezar Peluso. O julgamento foi retomado no dia 26 de janeiro. O caso tramita no Supremo desde 2000.

Edição: Vinicius Doria

01/07/2010 - 16h04

Trem de alta velocidade desperta interesse estrangeiro, diz ministro

Pedro Peduzzi

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse hoje (1) que representantes de governos e empresas de diversos países já manifestaram interesse em participar do projeto do primeiro trem de alta velocidade do Brasil, que ligará as cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e Campinas.

 

“Durante os estudos, fomos procurados por representantes de governos e grupos de empresários que se mostraram interessados no projeto”, disse o ministro. Segundo ele, a Coreia do Sul, o Japão, a França, Espanha, China e Alemanha foram os países que manifestaram maior intenção de participar da iniciativa.

 

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, informou que deverá se reunir ainda hoje “com representantes de países interessados no projeto”, para fazer esclarecimentos sobre a decisão tomada ontem (31) pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou o estudo apresentado pela agência para a construção do trem de alta velocidade.

 

Edição: João Carlos Rodrigues

 

01/07/2010 - 15h50

Obama propõe legalização de imigrantes

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou hoje (1º) da sociedade e dos políticos norte-americanos o apoio para a reforma do sistema de imigração do país. Lembrando que os Estados Unidos foram construídos por imigrantes, Obama disse que o “sistema está falido” e propôs, sutilmente, a anistia aos cerca de 11 milhões de ilegais que vivem no país. Também exigiu que os imigrantes ilegais assumam responsabilidades, como o pagamento de impostos.

“A política de quem é e quem não é permitido entrar neste país, e em que condições, sempre foi controversa. E isso continua sendo verdade hoje”, disse o presidente, em discurso na American University, em Washington. “O sistema está falido. E todo mundo sabe disso. Infelizmente, a reforma tem sido refém de posturas políticas e disputas de interesse especial e ao sentimento difuso em Washington.”

Segundo Obama, o descompasso na condução da política migratória nos Estados Unidos provocou o atual quadro com “11 milhões de imigrantes indocumentados” no país. “A esmagadora maioria destes homens e mulheres simplesmente procuram uma vida melhor para si e seus filhos”.

De acordo com o presidente, os imigrantes ilegais, em geral, têm um perfil comum. “Muitos se estabelecem em setores de baixos salários da economia, trabalham duro, poupam e ficam fora [de eventuais benefícios]. Mas porque eles vivem nas sombras, são vulneráveis a empresas sem escrúpulos”, disse.

Obama afirmou que é “tarefa” de todos “moldar” um sistema de imigração que “reflita nossos valores como uma nação de leis e uma nação de imigrantes”. Ele ressaltou que, no entanto, é fundamental que os imigrantes, uma vez legalizados, também cumpram com as responsabilidades.

“Temos de exigir responsabilidade das pessoas que vivem aqui ilegalmente. Eles [os imigrantes legalizados] devem ser obrigados a admitir que eles quebraram a lei [quando eram ilegais]. Eles devem ser obrigados a registrar, pagar impostos, pagar uma multa e aprender inglês. Eles devem acertar com a lei antes que  possam entrar na fila e ganhar sua cidadania”, disse o presidente. “Podemos criar um caminho para o status legal que é justo e reflete nossos valores e obras.”

O presidente norte-americano reconheceu que é necessário mudar também o esquema de segurança nas fronteiras dos Estados Unidos. Ele admitiu que há falhas na estrutura atual. “Hoje temos mais botas no chão, perto da fronteira Sudoeste, do que houve em qualquer outro momento da nossa história.”

Para Obama, a polêmica no estado do Arizona – que, em abril, autorizou que policiais abordem suspeitos e os investiguem – foi resultado da ausência de uma política nacional eficiente para os imigrantes. Obama criticou a medida e considerou-a divisionista. “É mal concebida”, afirmou.

Ele rechaçou a possibilidade de promover um programa de deportação em massa. “Assim, mesmo se fosse possível, um programa de deportação em massa perturbaria a economia e as comunidades de tal forma que isso seria intolerável para a maioria dos norte-americanos”, disse.

Edição: Lana Cristina

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