01/07/2010 - 18h19

Polícia mata um dos maiores traficantes de armas do Rio de Janeiro

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) mataram na madrugada desta quinta-feira (1º) o traficante internacional de armas Volber Roberto da Silva Filho, de 39 anos, considerado o maior comerciante ilegal de armas do Rio de Janeiro. Carioca, Volber era sargento do Exército e estava em um motel na zona oeste da cidade.

A Dcod recebeu uma denúncia anônima por volta das 23h de quarta-feira (30) informando que o traficante estaria no motel. Quando a equipe da polícia chegou, Volber estava na garagem do quarto e, ao perceber a movimentação da polícia, sacou uma arma e disparou contra os agentes. Na troca de tiros, o traficante foi atingido e morreu a caminho do hospital.

Segundo o delegado substituto da Dcod, Alesandro Petralanda, na mesma suíte em que estava o traficante havia mais três homens e duas mulheres que, para a polícia, não têm envolvimento com as atividades ilegais investigadas.

De acordo com Alesandro Petralanda, foram encontradas duas armas e munição, além de anotações da contabilidade do traficante. “Encontramos uma caderneta com uma única movimentação do Volber no valor de R$ 750 mil, mostrando a grandiosidade do tráfico dele”, afirmou. Volber estava foragido da Justiça, pois já havia sido preso anteriormente. Investigações da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) indicam que ele fornecia armas para todas as facções criminosas do Rio.

Edição: Vinicius Doria

01/07/2010 - 18h16

África do Sul tem o maior número de infectados pelo HIV no mundo

Vinicius Konchinski

Enviado Especial

 

Sedinbeng (África do Sul) – O mundo tem cerca de 33,4 milhões de pessoas infectadas pelo vírus do HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Desse total, aproximadamente 5,7 milhões moram na África do Sul – país que abriga o maior número de portadores do vírus causador da aids no planeta.

 

Mais de 11,8% dos 49,2 milhões habitantes da África do Sul vivem com HIV, tornando a aids um problema de primeira ordem para a sua população e seu governo.

 

Contudo, essa atenção é novidade. Especialistas na prevenção e no combate da doenças dizem que a África do Sul só enfrenta hoje o que pode ser considerada uma epidemia da aids porque seus governantes negaram por anos a existência do problema e alimentaram mitos sobre ele.

 

“Há seis anos atrás, o então presidente Mbeki [Thabo Mvuyelwa Mbeki] afirmava que a aids era causada por falta de alimentação, falta de vitaminas”, disse Daniel Herrerías, chefe do projeto mexicano The Wake Cup, que distribui camisinhas na África do Sul durante a Copa do Mundo. “Isso criou um mito sobre a doença e prejudicou o seu combate.”

 

Segundo Mauro Siqueira, do Departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde do Brasil, havia um processo de negação da doença pelo governo da África do Sul. Esse processo foi interrompido pelo atual presidente, Jacob Zuma, mas ainda tem consequências.

 

Dados do próprio governo sul-africano mostram que, só em 2006, mais de 600 mil pessoas morreram por causa da Aids no país. O número é quase do dobro do registrado em 1997.

 

Para o membro da organização não governamental Brigdes of Hope, Samuel Masilo, o trabalho governamental de combate e prevenção já entrou no caminho certo. Precisa agora, assinalou, focar sua atenção no estímulo do uso de preservativos entre os jovens. Ainda segundo ele, também deve mirar os sul-africanos mais tradicionais, que ainda assumem um comportamento de risco por desinformação ou por resistência.

 

Edição: João Carlos Rodrigues

01/07/2010 - 18h07

Campanha quer acabar com exploração sexual de crianças e adolescentes em torno de grandes obras

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e a Associação Brasileira Terra dos Homens lançaram hoje (1º)  uma campanha de veiculação nacional chamando a atenção das empresas para a exploração sexual de crianças e adolescentes.

O objetivo é mobilizar a responsabilidade social da iniciativa privada e conscientizar empregados quanto à violação de direitos humanos de meninas e meninos, especialmente em obras de construção civil de grande porte como as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), informa Valéria Brahim, gerente de programas sociais da Terra dos Homens.

“Quando uma grande obra começa tem o efeito no meio ambiente, mas também tem o efeito social”, disse a gerente informando que grandes empreendimentos podem trazer ou aumentar as situações de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes, como é o caso da exploração sexual feita por homens que trabalham na construção civil nas cidades que recebem as obras.

Segundo Valéria Brahim, até o final do ano quatro grandes obras (três do PAC), com cerca de 30 mil trabalhadores no total, terão campanhas internas. A primeira delas será em Porto Velho (RO), na construção da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Duas outras obras são na Região Nordeste e a quarta na Região Sul.

A campanha foi lançada pelo secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, na abertura do seminário com gestores estaduais e municipais sobre o pacto federativo e a política de direitos humanos da criança e do adolescente.

Paulo Vannuchi também assinou um acordo de cooperação com a Universidade de Brasília (UnB) para dar continuidade à alimentação do banco de dados Matriz Intersetorial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, utilizada na formulação de políticas públicas na área.

Além da matriz, da campanha e do evento, a Secretaria de Direitos Humanos lançou também o projeto Cidade Acessível é Direitos Humano, para a implementação de políticas de promoção dos direitos da pessoa com deficiência. Inicialmente o projeto será desenvolvido em seis cidades com experiências exitosas e acessibilidade: Campinas (SP), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Joinville (SC), Rio de Janeiro (RJ) e Uberlândia (MG).

Com a adesão ao projeto, os prefeitos dessas cidades se comprometem a elaborar, em 90 dias, um plano de ação com a participação dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência.

 

 

Edição: Lílian Beraldo

01/07/2010 - 18h02

Serviços ao Cidadão

Candidatos

Legislação

Calendário das Eleições

01/07/2010 - 18h01

Presidente nega que ações afirmativas realcem diferenças raciais no país

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu as iniciativas de seu governo para os afrodescendentes, negando que as políticas de ações afirmativas, como a instituição de cotas para negros em universidades e a demarcação de terras quilombolas, realcem as diferenças raciais no país, ameaçando a harmonia racial antes existente.

“Não é verdade, não é verdade. O preconceito está aí, está em cada esquina, está em cada rua, está em cada casa. Não adianta tratar essas coisas com mentiras”, afirmou o presidente em entrevista à TV Brasil Internacional, um dia antes de embarcar para uma viagem a seis países da África.

Lula citou a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial como conquistas importantes para a consolidação das políticas afirmativas. O presidente lembrou também a aprovação da obrigatoriedade do ensino das culturas afro-brasileira e africana nas escolas. “Tudo isso é extremamente importante para o futuro do país, para a construção da nova consciência cidadã que precisamos ter.”

Na entrevista, Lula destacou ainda o fato de ter sido aprovada pela Câmara da Universidade Luso-Afro-Brasileira a implantação dessa instituição de ensino em Redenção, no Ceará. A intenção é formar recursos humanos para desenvolver a integração entre o Brasil e os demais países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os africanos

“Nós queremos uma universidade com 10 mil alunos, 5 mil brasileiros e 5 mil africanos, com parte do currículo africana, parte do currículo brasileira, ou seja, tudo afro-brasileiro, com professores dos dois continentes”, detalhou Lula.

A entrevista do presidente à TV Brasil Internacional será exibida a partir de sábado (2) nos 49 países africanos para os quais o canal é transmitido, coincidindo com o início de sua viagem ao continente. O primeiro país visitado será Cabo Verde. Em seguida, o presidente irá à Guiné Equatorial, ao Quênia, à Tanzânia, a Zâmbia e à África do Sul.

 

Edição: Nádia Franco 

01/07/2010 - 17h58

Finlândia determina em lei acesso livre à banda larga como direito básico

Da Agência Brasil

Brasília - A Finlândia é o primeiro país do mundo a determinar, em lei, o acesso livre à banda larga como um direito básico dos cidadãos. A lei vale a partir de hoje (1º) e assegura a todo finlandês o direito de acessar a internet a uma velocidade mínima de 1 megabyte por segundo (MB/s). Até 2015, o governo finlandês promete conectar toda a população a uma velocidade de 100 MB/s. As informações são da agência BBC Brasil.

Localizada no Norte da Europa, a Finlândia tem cerca de 5,3 milhões de habitantes, menos do que o número estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o município do Rio de Janeiro, no ano de 2008, que é de 6,1 milhões. A Finlândia é o país menos povoado da União Europeia e registra uma taxa de alfabetização de 99%. No país, os idiomas falados são o finlandês e sueco. As autoridades finlandesas estimam que 96% da população já tenha acesso à internet.

Pela lei da Finlândia, todas as empresas de telecomunicação do país estarão obrigadas a oferecer o serviço à população. A ministra das Comunicações filandesa, Suvi Linden, afirmou que a nova lei foi aprovada porque a internet vai além das atividades de entretenimento. "Nós consideramos o papel da internet na vida dos finlandeses. Serviços de internet não têm mais a função de apenas entreter”, disse Linden. "A Finlândia trabalhou duro para desenvolver uma sociedade informatizada e, dois anos atrás, percebemos que nem todos tinham acesso."

Na Inglaterra, o governo prometeu à população uma conexão de até 2 MB/s até 2012, mas o acesso não é garantido por lei. Os cálculos indicam que 73% dos habitantes da Inglaterra tenham acesso à internet.

Edição: Lana Cristina

01/07/2010 - 17h57

Conselho conclama médicos alagoanos no atendimento voluntário às vítimas das chuvas

Ivan Richard
Enviado Especial

Maceió (AL) - Para ajudar no atendimentos médico às vítimas das enchentes em Alagoas, o Conselho Regional de Medicina do estado (Cremal) lança amanhã (2) uma campanha nos meios de comunicação conclamando os médicos para o trabalho voluntário.

De acordo com o presidente do Cremal, Emmanoel Fortes, o conselho tem colaborado com o socorro às vítimas desde o último domingo (20), mas é necessária a presença de um número maior de médicos diante do tamanho da tragédia. Com a baixa das águas dos rios e a destruição de vários hospitais é preciso que os profissionais colaboram ainda mais. “Primeiro, faremos a divulgação e depois teremos a demanda de médicos voluntários. Posteriormente, eles ficarão à disposição das secretarias estadual e municipais”, disse à Agência Brasil.

O trabalho dos médicos voluntários, destacou Fortes, será voltado para todas as especialidades. “A população dos municípios atingidos está carente de qualquer tipo de assistência. Os profissionais de Alagoas atuarão ao lados dos médicos de outros estados que vieram para cá”, disse.

Ontem (30), Alagoas registrou os primeiros dois caso de leptospirose e 129 pessoas com diarreias por causa das enchentes dos últimos dias - doenças comuns em locais atingidos por inundações, onde não há água limpa. Mais 50 pessoas foram picadas por animais peçonhentos (cobras e escorpião) e 58 casos de problemas respiratórios.

O Ministério da Saúde enviou ao estado lotes de vacinas e soro antitetânico para tratar e prevenir doenças como hepatite A, rotavírus, tétano e cólera. Na semana passada, o ministério já havia encaminhado 5 toneladas de remédios, vacinas, soros e dez ambulâncias para atendimento de urgência.

 

 

Edição: Aécio Amado

 

01/07/2010 - 17h54

Lula diz que não é candidato a cargo na ONU depois que deixar Presidência

 

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um dia antes de embarcar para uma viagem a seis países da África, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que a visita ao continente represente qualquer pretensão de ocupar um cargo em organismo internacional, como o Banco Mundial, ou de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), quando deixar a Presidência da República.

Segundo Lula, a viagem ocorre em um contexto de cooperação, a exemplo do que já ocorre entre Brasil e África em áreas como energia, agricultura e combate à aids. As afirmações foram feitas hoje (1), em entrevista à TV Brasil Internacional.

“Vi a matéria dizendo que tenho pretensões de ir para a ONU ou o Banco Mundial. É uma cretinice isso. A ONU não pode ter como secretário-geral uma figura forte, tem que ser um burocrata. Em relação ao Banco Mundial, eu não tenho cara de banqueiro”, disse ao referir-se à reportagens publicadas pela imprensa.

Lula falou ainda sobre o potencial de cooperação do Brasil com o Continente Africano na produção de energia limpa, como os biocombustíveis. O presidente contou que, em conversas com dirigentes de países europeus, tem abordado a possibilidade de estimular a produção de biocombustíveis na África e, assim, contribuir para o desenvolvimento econômico do continente. Na avaliação de Lula, o Brasil tem uma dívida histórica com a África que, como não pode ser paga em dinheiro, deve ser paga em solidariedade.

A viagem à África será encerrada no dia 11 de julho, em Joanesburgo, com a ida de Lula ao jogo final da Copa do Mundo. Lá, Lula receberá do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, um bastão tradicionalmente entregue ao mandatário do país que irá sediar a próxima Copa, o que ocorrerá com o Brasil em 2014.

A entrevista do presidente Lula será exibida na TV Brasil Internacional a partir de sábado (3), quando o presidente participa, em Cabo Verde, do primeiro compromisso em território africano. Os países seguintes a serem visitados por ele são: Guiné Equatorial, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.

Inaugurada em maio, a TV Brasil Internacional transmite programação para 49 dos 53 países da África.
 

Edição: Lana Cristina

 

01/07/2010 - 17h38

Brasil participa de projeto que distribui camisinhas a jovens sul-africanos

Vinicius Konchinski
Enviado especial

Sedinbeng – A chegada de um ônibus verde e amarelo parou hoje (1º) a escola primária de Sedinbeng, África do Sul. Jovens da pequena cidade da região de Pretória que se divertiam no pátio da instituição logo cercaram o veículo. Minutos depois, já conversavam com seus passageiros. Ouviam com atenção explicações sobre um dos maiores problemas de seu país: a aids.

A parada do ônibus brasileiro em Sedinbeng já estava programada. Ela fez parte da visita inaugural de um projeto inédito de combate e prevenção do HIV e da aids promovido pelos ministérios da Saúde brasileiro e sul-africano, juntamente com as organizações não governamentais The Wake Cup, do México, e Bridges of Hope, sediada no Zimbábue.

O projeto vai distribuir cerca de 100 mil camisinhas, 30 mil delas fabricadas no Brasil, a jovens sul-africanos até o próximo dia 18. Além disso, vai promover palestras e atividades para conscientizar garotos e garotas de comunidades carentes da África do Sul sobre a importância do uso do preservativo e da prática do sexo seguro.

“Queremos aproveitar o foco do mundo na África do Sul para dar mais visibilidade a uma discussão essencial”, disse Mauro Siqueira, do Departamento e de DST/Aids do Ministério da Saúde do Brasil e um dos coordenadores do projeto na África do Sul. Segundo ele, a intenção do governo é que o projeto seja o marco inicial de uma parceira enter o Brasil e a África do Sul.

Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) apontam que 5,7 milhões de sul-africanos estão infectados pelo HIV, o país com o maior número absoluto de infectados pelo HIV do mundo. Isso representa 11% da população do país.

Atualmente, US$ 2,4 milhões (R$ 4,3 milhões) por ano são investidos pelo governo do Brasil na distribuição de remédios a países da África.
 
“Somos considerados um modelo no combate e prevenção da aids. Temos a responsabilidade de repassar este conhecimento”, afirmou. “Esperamos começar uma troca de experiências com a África do Sul para ajudar o país”.
 

 

Edição: Rivadavia Severo

01/07/2010 - 17h29

Venda de veículos cresce quase 10% no semestre

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A venda de veículos automotores cresceu 9,29% no primeiro semestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses do ano foram vendidos 2,4 milhões de unidades contra 2,2 milhões no primeiro semestre de 2009. Em junho, o setor registrou elevação de 1,32% nas vendas, com 411 mil unidades faturadas. Na comparação com junho do ano passado, houve queda de 6,94%, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgados hoje (1º).

Segundo o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, os resultados não diferem da previsão feita pela entidade. “Na comparação semestral, é nítido o curso de crescimento do setor em função de o consumidor estar tranquilo, se aproveitando das promoções que estão sendo feitas e da situação da economia e da política, que está calma”.

Quando divididos em segmentos, os automóveis e comerciais leves totalizaram no semestre 1,4 milhões de unidades vendidas, 7,32% a mais do que no mesmo período do ano passado. Na comparação com maio houve elevação de 4,97% : 247,5 mil em junho contra 235,7 mil no mês anterior. Mas quando comparado a junho do ano passado, que registrou 289,7 mil unidades vendidas, a queda foi de 14,58%.

Os caminhões recuperaram as vendas, com um crescimento de 30,31% no semestre (13,1 mil unidades) e de 7,97% no mês (2,2 mil unidades). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas cresceram 28,3%. “Nós esperávamos um crescimento mais contido das vendas de caminhões, mas o segmento cresce fortemente porque a economia puxa a necessidade de substituição da frota”.

Com relação às motocicletas, as vendas em junho foram inferiores às de maio. Com 138,6 mil unidades, a queda foi de 3,62%. No entanto, na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 3,19% e, no semestre, de 8,56%, com vendas totais de 831.200 motocicletas.

“O consumidor de motocicletas está pagando um alto preço pela seletividade iniciada na crise de 2008. Para conceder crédito, os bancos procuram privilegiar os processos de compra para marcas mais tradicionais”.

Ao ser perguntado sobre os impactos de novos aumentos na taxa básica de juros - Selic - nas vendas e nos financiamentos de veículos, Reze enfatizou que não acredita em impactos negativos. Ele citou como exemplo a crise econômica iniciada em 2008 e disse que, naquele momento, o que impactou a decisão de compra do consumidor não foi a taxa de juros e, sim, a ausência de fundos para o financiamento.

“Quando se tem recursos, os próprios bancos fazem uma avaliação entre os juros que eles pagam com os juros aplicados ao mercado e a necessidade do banco de aplicar esses recursos. Podemos verificar que não houve uma diminuição das vendas e a taxa Selic já teve dois ou três aumentos [atualmente está em 10,25%]. O que as pessoas fazem é ampliar as prestações do financiamento”.

Reze ressaltou que os veículos de entrada (conhecidos como carros populares) sem opcionais são comprados principalmente por frotistas. Já o consumidor comum, que consegue prazos maiores de financiamento, está optando por veículos com maior valor agregado. “O veículo 1.0 [litro] equipado está custando o mesmo preço de um veículo 1.6 [litro]. Então, nem nesse sentido, o aumento dos juros vai influenciar”, disse.

Edição: Vinicius Doria

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