Roberto Maltchik
Enviado especial da EBC
Port of Spain (Trinidad e Tobago) - SemCuba e com a crise econômica em segundo plano, não houve acordo para uma declaração final dos34 chefes de governo na 5ª Cúpula das Américas. Apenas oanfitrião, o premier de Trinidad e Tobago, Patrick Manning, assinou a declaração final da cúpula,negociada pela diplomacia dos países do continente por oito meses.Ainda assim, Manning avaliou positivamente os três dias de debates."Nunca antes se havia chegado a um tal espírito de cooperação."Durantetodo o evento, Venezuela e Bolívia ameaçaram boicotar o documentofinal. No entanto, até o Brasil tinha ressalvas. A principal delas eraa ausência da menção aos efeitos da crise internacional sobre as economias menos desenvolvidas.O projeto de declaração estava pontuado por três assuntos: prosperidadehumana, segurança energética e sustentabilidade ambiental. Deacordo com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, a própriaassinatura do documento era "desnecessária". “Nunca se viu um clima tãoamistoso. Não sei por que precisa assinar. Normalmente, isso nãoacontece”, falou o chanceler um pouco antes do encerramento doencontro.Na avaliação do presidente Lula, prevaleceram osentendimentos políticos, principalmente a reaproximação dos EstadosUnidos com as nações latino americanas.