Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Vitória (ES) - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, comemorou o início da produção do primeiro óleo do pré-sal, no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, relembrando o escritor de histórias infantis Monteiro Lobato, autor de O Sítio do Pica-pau Amarelo. Ela classificou a descoberta das reservas de petróleo como o resultado de uma longa trajetória de "perseverança, coragem e fé que se iniciou lá atrás, em 1939, com Lobato, na Bahia".“Desde então, foi superado um conjunto imenso de desafios que o Brasil teve que enfrentar. A Petrobras deu mostras hoje de que não só é possível, mas que o Brasil pôde fazer de forma bastante significativa o trabalho iniciado em Lobato”.Ao citar o escritor - um dos mais ardoroso defensores da crença de que, no país, existia petróleo e que chegou a escrever o livro O poço do Visconde, no qual é descoberto petróleo nos fundos de um galinheiro do Sítio do Pica-pau Amarelo – a ministra aproveitou para fazer a comparação: "acho que, voltando ao Sítio do Pica-pau Amarelo, eu diria que o Brasil e a Petrobras acharam petróleo atrás do galinheiro". Assim como o presidente Lula, Dilma defendeu que os recursos arrecadados com a venda do petróleo do pré-sal venham a ser aplicados em educação. "É essencial que aprofundemos os investimentos na educação, que venhamos a dar mais status aos professores, fazer com que venham a ser reconhecidos, como eram antigamente. Felizmente, hoje, temos um governo que se preocupa com inclusão social e que vai utilizar s recursos do petróleo para ampliar o processo de inclusão social”, afirmou."O que o pré-sal pode permitir é que essas pessoas saiam da linha da pobreza e que possam chegar, pelo menos, à classe média."Na avaliação da ministra, é importante que o Brasil saiba fazer uso das riquezas advindas da exploração das reservas do pré-sal. “Porque a riqueza não é só o óleo que é retirado da camada do pré-sal. Mas também o fato de saber explorar o que ela pode vir a propiciar para o crescimento do país. Teremos que trabalhar, construir refinarias e continuar a investir para fazer face à nossa capacidade de tirar riquezas do óleo a ser extraído”, concluiu.