Félix afirma na CPI das Escutas Telefônicas que Abin não grampeou ministros do Supremo

02/09/2008 - 16h54

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro-chefe do Gabinete de SegurançaInstitucional (GSI), general Jorge Félix, negou hoje (2), em depoimento àComisssão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas, da Câmara dos Deputados, que a AgênciaBrasileira de Inteligência (Abin) tenha realizado, em caráterinstitucional, qualquer interceptação de telefonemas de ministros doSupremo Tribunal Federal (STF). “Certamente não. A Abin como instituição não fez enão faz essa escuta”, respondeu Félix em resposta a questionamento dorelator da CPI, deputado Nelson Pelegrino (PT-BA). Félix afirmou que a interceptação só é permitidaquando há suspeita de atividade criminosa. Uma vez detectada aprobabilidade de crime, a informação é repassada para a PolíciaFederal (PF). O caso não volta necessariamente à Abin, disse.“A partir do momento que repassamos o trabalho feitona Abin para a PF, é responsabilidade dela. Mas se ela precisar deapoio, dentro do escopo da agência, a Abin vai apoiar”, ressaltou.  O ministro confirmou que o diretor-adjunto da agência,Milton Campana, afastado temporariamente do cargo, coordenou recentemente umtrabalho de cooperação de agentes da Abin à Polícia Federal, na Operação Satiagraha.