Deputados de oposição da CPI dos grampos querem fiscalização das urnas eletrônicas

02/09/2008 - 20h14

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os deputados deoposição que fazem parte da Comissão Parlamentarde Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas pretendempedir a fiscalização das urnas eletrônicas queserão usadas nas próximas eleições.A suspeita levantadapor alguns parlamentares é de que a Agência Brasileirade Inteligência (Abin), responsável pela criptografia deum dos sistemas da urna eletrônica, poderia fraudar aseleições.O pedido deveráser apresentado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Oministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),da Presidência da República, general Jorge Félix,em seu depoimento à CPI hoje (2), garantiu que não hápossibilidade de fraude.“O que garante atotal lisura do processo eleitoral são as constantesauditorias encomendadas e realizadas pelo TSE [Tribunal SuperiorEleitoral]”, argumentou Félix.O general afirmou nãose opor à fiscalização pela OAB, mas ressaltouque é necessário que a fiscalização sejafeita “com competência técnica”.Para o deputado GustavoFruet (PSDB-PR), é importante a realização deuma fiscalização externa. “Se agentes da Abin fizeramescutas ilegais, por que não considerar a possibilidade de quealguém possa, de forma indefinida, querer fraudar o sistema decriptografia das urnas”, indagou-se o deputado. Hoje, a CPI recebeu umdocumento da jornalista Andrea Michael, da Folha de S.Paulo, no qualela recusou o convite para prestar depoimento à comissão.O depoimento estava previsto para amanhã (3).A CPI marcou paraamanhã, à tarde, o depoimento do diretor afastadotemporariamente da Abin, José Milton Campana.