Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A PolíciaFederal começou a investigar, há cerca de 30 dias, a formação de currais eleitorais no estadodo Rio de Janeiro. A ação foi motivada por reclamaçõesde candidatos que teriam sido impedidos de entrar em certas áreaspara fazer campanha, informou o superintendente da PolíciaFederal Valdinho Jacinto Caetano.Segundo ele, nenhum doscandidatos apresentou denúncia formal ao MinistérioPúblico Federal ou à Polícia Federal, mas osdados já estão sendo levantados, como nomes emapeamento de áreas. Caetano negou que aparticipação de milicianos nesse tipo de crime tenhaincentivado a investigação. O foco da apuração, acrescentou, sãoos crimes eleitorais, independente de quem cometa asirregularidades."Por exemplo, se um milicianoimpede alguém de entrar [em determinado local], e se um engenheiro também impede um candidato de entrar num determinado bairro, qual a diferença entre eles? Para nós,nenhuma. Vamos prender alguém que esteja cometendoum crime, seja ele miliciano, engenheiro, médico ou policial.Então, qualquer um que cerceia a atividade do candidato estácometendo um crime. Não há agravamento por sermiliciano. O miliciano tem outras condutas criminosas que estãosendo investigadas por um órgão.", explicou. Osuperintendente afirmou que as eleições para vereador eprefeito são as mais difíceis para a fiscalizaçãopela proximidade entre candidatos e eleitores.Ele disse ainda que o levantamento de dados é muito importanteporque esse é um crime difícil de tipificar.