Para diretor do Ibama, ausência de lance não representa fracasso de leilões do "boi pirata"

22/07/2008 - 19h24

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor de ProteçãoAmbiental do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, negou quea ausência de lances nos dois leilões do “boi pirata” represente um fracasso. Para ele, o objetivo principalestá sendo alcançado.“O maior objetivo dogoverno não é ganhar dinheiro, mas garantir apreservação daquela área. Para nós, nãoé um fracasso. É uma vitória a retirada de gado”, afirmou. O diretor do Ibama disse àAgência Brasil que, depois da apreensão de gadobovino na região da Terra do Meio, no Pará, mais de 15mil animais já foram retirados da área de preservaçãoambiental por outros pecuaristas.}O Ministério doMeio Ambiente estimou em cerca de 40 mil a quantidade de gado existente no local quando do início da OperaçãoBoi Pirata, em junho. Montiel explicou que não houve maisapreensões porque os outros pecuaristas estão cumprindoos prazos estipulados pelo Ibama.Segundo o diretor, onúmero total de cabeças de gado à venda é3.146, e não 3.500 ou 3.046, como havia sido divulgadoanteriormente. A diferença se deve ao fato de a contagem dogado por peões boiadeiros a serviço do Ibama ter sidoconcluída recentemente e os valores divulgados anteriormenteserem aproximados, inclusive o presente na decisão judicialque determinou a apreensão dos animais.Montiel acredita que aausência de compradores para o gado leiloado nos dois primeirosleilões é conseqüência do preço, queteria “despencado” na região em função doaumento expressivo da oferta em São Félix do Xingu,próximo a Terra do Meio. O munipício recebeu as mais de15 mil cabeças de gado já retiradas da reservaambiental pelos pecuaristas.