Ameaças de políticos fizeram leilão de "boi pirata" fracassar, diz Ibama

22/07/2008 - 16h21

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O anúncio feito porpolíticos da região de que a retirada dos animais nãoseria pacífica, o preçoalto do gado e o custo elevado do transporte foram os três fatores que influenciaramno fracasso do segundo leilão do “boi pirata”, segundo avaliação feita hoje (22) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ibama, transmitida em nota. Uma terceiratentativa, para a venda de 3.046 bovinos já foi marcada para a próxima segunda-feira (28).Odiretor de Proteção Ambiental do Ibama, FlávioMontiel, garantiu, no entanto, que os compradores não devem sepreocupar com a ameaça dos políticos locais. “Toda asegurança necessária à retirada dos animais serádada ao ganhador do leilão", afirmou, na nota.Osegundo leilão para a venda dos bois foi realizado ontem (21), umasemana após o fracasso do primeiro leilão. Os animais foramapreendidos na região de Terra do Meio, no Pará, efazem parte da Operação Boi Pirata, que começouno início de junho. O preço de abertura de todos oslotes somados, ontem, foi de R$ 3,1 milhões, cerca de R$ 800mil a menos que no primeiro leilão.Opreço mínimo para o próximo leilão será,agora, reavaliado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ibama,levando-se em conta, mais uma vez, gastos com o deslocamento do gadoda região, além do fato de já terem ocorrido doisleilões sem um único lance.