Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Paraconvencer os países desenvolvidos de que devem assumir maioresresponsabilidades no desaquecimento global, o presidente Luiz InácioLula da Silva trouxe para Hokkaido documento elaborado por um institutonorte-americano de energia, que mostra que os ricos são os maioresemissores de gás carbônico do planeta. O ranking de grandes poluidorestambém conta com gigantes emergentes, como China e Índia, com mais de umbilhão de habitantes e no auge no crescimento econômico. Oestudo foi apresentado na Reunião das Grandes Economias Sobre MudançasClimáticas, hoje (9). “É em cima disso que nós precisamosdiscutir metas”, defendeu Lula. De acordo com o relatório da Energy Information Administration,os Estados Unidos – quem mais resiste a se comprometer com metas deredução de emissões - ocupam o primeiro lugar do ranking, com 21,3% dototal de emissões mundiais. Em 2005, ao americanos jogaram 5,95 bilhõesde toneladas de gás carbônico na atmosfera, 20,14 toneladas porhabitante.Namédia por habitante, o Canadá aparece em segundo lugar, com 19,24toneladas por habitante, seguido de Austrália, Holanda e Alemanha. Jáno ranking global de emissões, o segundo lugar cabe à China, com 5,32bilhões de toneladas de emissões (18,88%), seguida de Rússia (6,02%),Japão (4,36%) e Índia (4,13%).Nomesmo ano, o Brasil foi responsável por apenas 1,28% das emissõesmundiais de gás carbônico, com um volume de 360,57 milhões de toneladas(1,9 tonelada por habitante). Na América Latina, a média de emissõespor habitante foi de 3,1 tonelada/ano. Na África, a média foi de 1,2tonelada de emissões por habitante. “Utilizeiisso para chamar a atenção dos presidentes de que devemos tomar adecisão com base em números produzidos por instituições decredibilidade mundial, que todos nós tenhamos como referência”, disse opresidente. “Fica mais fácil, então, a gente tomar as decisões paraevitar o aquecimento do planeta”, opinou.Apartir da apresentação de Lula, foi proposta reunião dos líderes dasmaiores economias, no ano que vem, para debater mudanças climáticas apartir de uma base numérica. Participarão desse encontro Austrália,Brasil, Canadá, China, União Européia, Índia,Indonésia, Japão, República da Coréia, México, Rússia, Áfricado Sul e Estados Unidos.