Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - A presença daPetrobras na África não se limita à Nigéria:a empresa desenvolve atividades exploratórias também emAngola, Tanzânia, Guiné Equatorial, Moçambique eLíbia. Presente em Angola desde 1979, na condiçãode sócia, mas sem a operação dos trabalhos deprospecção, a produção atual da estatalbrasileira no país é de apenas 2,8 mil barris depetróleo por dia.Esse quadro, no entanto, pode vir a mudar embreve, disse o gerente geral da Unidade de Negócios daPetrobras em Angola, Hércules Tadeu Silva. Segundo ele, desdedezembro de 2006, a Petrobras começou a investir “de formamais agressiva em Angola, pois vislumbrou oportunidades melhores”,assumindo, então, a condição de operadora emarcando presença em três blocos no país. 'São blocos com boas perspectivas, nos quais devemos iniciar os trabalhos de perfuração jáno próximo ano”, afirmou Silva, em entrevista àAgência Brasil. Ele disse que a entrada em novosprojetos offshore (em mar), seja em águas rasas ouprofundas, visa a reverter esse quadro e elevar significativamente aprodução.Segundo Silva, até agora, a Petrobrasinvestiu cerca de US$ 560 milhões em Angola, desde que iniciouas suas atividades lá – deste total, US$ 500 milhõessomente em bônus pagos ao governo.Tadeu Silva ressaltou que existe um compromisso deperfuração de 11 poços exploratórios aténovembro de 2011 em Angola, o que, em sua opinião, elevaráo volume de recursos na região entre US$ 300 milhões eUS$ 350 milhões nos próximos anos.“Hoje, a Petrobras em Angola está em umasituação bem mais confortável do que hácerca de dois anos. Enxergamos boas perspectivas, e estamos muitoanimados quanto às descobertas a serem feitas nos próximosanos.” De acordo com Silva, os projetos que a Petrobras tem hoje emAngola permitem vislumbrar níveis de produção nafaixa dos 100 mil barris de petróleo por dia nos próximosanos.A aposta da Petrobras em Angola levou a empresabrasileira a montar um portfólio exploratório de seisblocos, sendo que em três deles ela é operadora