Da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - AUsiminas arrematou, hoje (27), o terreno da IngáMercantil, em Itaguaí, para a construção de umporto para a exportação de minérios. Apropriedade tem uma história de poluiçãoambiental e a Ingá Mercantil enfrenta um processo de falência que está emperrado há mais de11 anos. A empresa deve cerca de R$ 127 milhões de passivos trabalhistas e indenizações.Oterreno foi adquirido pela Usiminas por R$ 72 milhões, valor 40%inferior ao mínimo definido pelo representante do MinistérioPúblico na massa falida, José Marinho Paulo Junior.Hácerca de 4 meses, o governo estadual iniciou obras de descontaminaçãona região, onde foi abandonada uma grande quantidade deresíduos industriais tóxicos formados por zinco ecádmio.Segundoo administrador judicial da massa falida da Ingá, JarbasBarsanti, o problema emergencial de despoluição de umlago com 390 mil metros cúbicos de afluentes líquidostóxicos já foi solucionado.“Conseguiretirar todos esses resíduos tóxicos, filtrei a água,tratei, coloquei em um ph normal sem nenhum resíduo tóxicoe foi devolvido ao mar. Tudo sob controle dos órgãosambientais a Feema [Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente] e o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]”, disse.O administrador afirmou que os resíduos tóxicos serão embalados e será feita a proteçãodas barragens hidráulicas que separam o lago do oceano.Estasações estão listadas em um Pacto de Ajustamento deConduta, que será assinado pela Usiminas e por autoridades dasecretaria estadual do Meio Ambiente. A Feema e o Ibama tambémestão fazendo o monitoramento ambiental da região.Oprocesso de descontaminação está sendo realizadopela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)e pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduaçãoe Pesquisa em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).