Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - No ano passado, osinvestimentos privados em projetos desenvolvidos por organizaçõessociais civis de interesse público (Ocips) chegaram a R$ 1,1bilhão, com doações de 115 associados do Grupode Institutos, Fundações e Empresas (Gife). Dessetotal, 83% foram aplicados no ensino fundamental. Reunidos hoje (27),em São Paulo, representantes desses setores discutem meios deaumentar a parceria público-privada, além de definiruma agenda articulada de trabalho que deverá ser seguida até2022, ano do bicentenárioda Independência do Brasil.O ministro da Educação, FernandoHaddad, disse que espera ver os investimentos no setor alinhadosentre a verba pública e a privada, para “potencializar oretorno dos recursos”. Ele ressaltou, na abertura do encontro, que,nesta semana, o governo está liberando recursos para aconstrução de mil creches de pré-escolar, pormeio do Pró-Infância. “Estamos atuando da creche àpós-graduação e não estamos deixando nadaa descoberto”, afirmou Haddad. O secretário-geral da Gife, FernandoRossetti, informou que, de 1995 a 2005, houve crescimento de 200% naparticipação do terceiro setor nos projetos sociais,principalmente os educacionais. Segundo ele, trata-se de um movimento quecontinua a evoluir. “E há uma prevalência em educação,pois há um certo consenso na sociedade brasileira de que seconsegue um desenvolvimento econômico e social com educação.”Sobre a definição de uma agendaalinhada, Rosseti explicou que o que se pretende é umainteração maior entre os vários atores doprocesso de investimento educacional, de forma que “um recurso nãose sobreponha a outro, mas que sejam complementares, e assim osesforços levem a uma educação pública dequalidade para todos os brasileiros”.