Da Agência Brasil
Brasília - O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) tem papel importante na organização dos trabalhadores rurais, porque os livra dos atravessadores e muda o perfil nutricional dos municípios, com base na segurança alimentar. A avaliação é da coordenadora regional de Segurança Alimentar do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) de Minas Gerais, Conceição Maria Costa.“Estou no projeto há quatro anos e vi a transformação da zona rural e da comunidade carente que só recebiam cestas básicas com produtos que não supriam as necessidades”, disse Conceição Costa, em entrevista à Agência Brasil, e afirmou ainda que o programa veio para auxiliar as pessoas que tinham pouco acesso a frutas, verduras e folhagens, como maçã, pêra e couve-flor, por exemplo.A coordenadora do Consea participa do Seminário Nacional PAA, que vai até quarta-feira (18) em Brasília. A finalidade do encontro é fazer um balanço das ações realizadas desde 2003, quando o programa foi criado, e discutir perspectivas para o PAA.Maria Costa vai mostrar como o programa contribui para produção de hortifruti na cidade de Barbacena (MG). Segundo Maria Costa, a agricultura familiar do município atende a hospitais filantrópicos com cestas básicas, além da merenda escolar de escolas da rede pública, por meio de doações ou a preços mais acessíveis.Desde 2003, o PAA jáinvestiu R$ 1,5 bilhão na agricultura familiar, ao adquirirprodutos de 432,8 mil agricultores e repassá-los a 24,4milhões de pessoas.Para a quebradeira de coco babaçu do município de Itapecumirim, no Maranhão, Maria Domingas Marques o PAA “trouxe cidadania” para as trabalhadoras e valorizou a produção. Antes a castanha era vendida a R$ 0,50, e agora ela recebe R$ 291 mensais do programa para ajudar no sustento da família. “Com o PAA a gente passou a entender e se reconhecer como cidadãs nesse país. Para nós, a base fundamental é ser cidadã”, destacou.