Acordo permite que comunidades carentes troquem geladeira velha por nova

16/06/2008 - 19h12

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Convênio entre oBanco Popular do Brasil (BPB) e o Grupo Neoenergia pretendesubstituir 19.600 geladeiras velhas por outras novas, em comunidadescarentes de Salvador, Recife e Natal. Segundo o presidente do BPB, Robson Rocha, o acordo permitirá uma economia média de R$21 por mês no consumo de energia para cada usuário O convênio foi assinado hoje (16), em Brasília.O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo elogiou o “trabalho sério, dereciclagem de sucata, previsto no programa, além da economiaexpressiva no consumo de energia”, calculado em 9,38 GWh(gigawatts/hora) por ano. “Todo mundo ganha com o programa, desde o beneficiário direto aostrabalhadores das fábricas de refrigeradores. E, fundamentalmente, ganha o país”, disse.A experiênciapiloto, batizada como Projeto Nova Geladeira, vai beneficiar ascomunidades carentes da Liberdade, em Salvador, e de BrasíliaTeimosa, em Recife, além de 15 localidades na áreametropolitana de Natal. O cliente do BPB que comprovar consumo máximode 80 megawatts por mês de energia, em abastecimentomonofásico, pode trocar sua geladeira velha por uma nova, de252 litros, que custa R$ 610 no mercado, e pagar apenas R$244, financiados em 24 parcelas fixas, de R$ 13,24 cada.Serão cobradosjuros de 2% ao mês, sem taxa de abertura de crédito, que será custeada pelas distribuidoras deenergia. As distribuidoras também vão bancar a diferença entre o valor de mercado danova geladeira e o valor financiado. A geladeira velha será enviada para reciclagem.A geladeira nova, vendida no âmbito do programa, é fabricada com gás isobutano, o únicoconsiderado 100% ecológico pelas normas nacionais einternacionais, conforme destacou o presidente do BB. Ele disse que, alémda economia média de R$ 21 por mês, suficiente para“cobrir com folga” o valor da prestação, o clientepode economizar mais ainda com a troca gratuita de lâmpadasincandescentes de sua casa por fluorescentes compactas, maiseconômicas e de maior durabilidade.O presidente do Banco do Brasil, Antonio Franciscode Lima Neto, ressaltou que o programa vai tornar o consumode energia elétrica mais eficiente, seguro eeconômico, além de estimular a preservaçãodo meio ambiente. “Nos pautamos pelo atendimento às demandasda sociedade”, disse.