Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Superintendência de Seguros Privados(Susep), vinculada ao Ministério da Fazenda, confirmou paraamanhã (17) a abertura oficial do mercado de resseguros noBrasil. A quebra do monopólio no setor, exercido atéagora pelo IRB Brasil-Re, foi estabelecida por lei complementar de janeiro do ano passado.
O superintendente da Susep, ArmandoVergílio dos Santos Júnior, considera históricaa abertura do mercado de resseguros. “Eu diria que a importânciase equivale, em proporção, ao que representou, para aeconomia brasileira, a abertura dos portos às naçõesamigas em 1808. É um dia histórico”, disse.
O mercado começa a operar comdez corretoras de resseguros autorizadas pela Susep e duas empresasresseguradoras, uma eventual e outra admitida. A Munich Re, daAlemanha, é a ressegurada eventual, por ser uma companhiaestrangeira que atuará com procurador no país e oLloyd’s, da Inglaterra, é a empresa admitida, por terconstituído escritório de representaçãono país.
Segundo Armando Vergílio, épossível que até a próxima semana, mais quatroresseguradoras admitidas estarão operando, porque járeceberam autorização prévia. São elas aSwiss Re, da Suíça; a Swiss Re America, dos EstadosUnidos; a Score-Re, da França; e a Transatlantic, dos EstadosUnidos. Duas resseguradoras locais, empresas com capital ereservas 100% nacionais, estão com o processo de operaçãoem fase final de análise e devem começar a atuar nomercado em dez dias. São elas a J.Mallucelli e a Munich.A Susep está em fase de conclusão daanálise do pedido de autorização da Mapfre Re,da Espanha, como resseguradora eventual. Armando Vergílioinformou ainda que outras três empresas manifestaram intençãode participar no setor de resseguros brasileiro, como admitidas, a Partner Re e a Federal Insurance, dos Estados Unidos; ea Hannover Re, da Alemanha.Armando Vergílio disse que a Susep temagora novas atribuições, em função daabertura do mercado de resseguros, e que isso terá de levar auma reestruturação do órgão. “Aestrutura da Susep já era insuficiente e inadequada antes daentrada em vigor da lei nº 126, que abre o mercado. Ou seja,criaram novas atribuições, mas não criaram aestrutura”, observou.
O pedido para realizaçãode concurso, com a criação de 250 vagas para a Susep,está em análise por técnicos da Casa Civil,segundo Vergílio. O superintendente explicou que os novosanalistas que vierem a ser contratados vão atuar nas áreatécnica, de controle econômico e de fiscalização.