Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cerca de 250 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma agência da Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, na tarde de hoje (16). A agência foi cercada por 80 policiais militares, mas não houve confronto. Outros 200 manifestantes ocuparam a agência da Caixa Econômica em Volta Redonda, no sul do estado. Apesar disso, a agência continuou a fazer atendimentos. Os manifestantes exigem um programa de habitação rural sem burocracia e a construção de 100 mil casas para os trabalhadores rurais. Ainda na manhã de hoje (16), cerca de 50 trabalhadores rurais sem terra interditaram o quilômetro 242 da Via Dutra, no sentido São Paulo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação foi pacífica e causou um engarrafamento de três a quatro quilômetros. Um dos dirigentes do movimento na região sul fluminense, Sidnei Freire, disse que todas estas manifestações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas do MST para denunciar a lentidão da reforma agrária no Brasil."A Caixa Econômica junto com o governo federal assumiram o compromisso de construir 100 mil casas nas áreas de reforma agrária. No meio do ano, esse número baixou para 31 mil casas, e logo no final, para 6 mil casas. Seis mil casas não atendem a demanda nem do estado do Paraná", afirmou Freire.Agências da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e prédios públicos foram ocupados por integrantes do MST ao longo do dia em 16 estados e no Distrito Federal, de acordo com nota divulgada pelo movimento na internet.O ministro das Cidades, Marcio Fortes, e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Hereda reuniram-se com representantes do MST que ocuparam hoje a sede do banco, em Brasília, para tentar resolver a questão. Está prevista, para amanhã (17), uma outra reunião para a discussão das propostas do manifestantes.