Secretário defende reforço na assistência aos pacientes para combate à dengue no Rio

28/03/2008 - 16h53

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em visita ao Rio de Janeiro, o secretário de saúde de Campo Grande (MS), Luiz Henrique Mandetta, avaliou que o estado deve investir no atendimento aos pacientes com dengue. “A mortalidade está ligada à assistência”, defendeu. Ele esteve hoje (28) com o secretário estadual de saúde do Rio, Sérgio Côrtes, para apresentar medidas de combate à dengue adotadas em sua cidade.

No ano de 2007, a capital sul-matogrossense passou por uma epidemia de dengue na qual 100 mil pessoas foram infectadas e duas morreram.

“A população começa a ter um uma situação de insegurança”, disse Mandetta em referência ao Rio. “O momento é de reforçar a assistência, que é classificar o risco, separar o paciente mais grave do menos grave, ver o potencial de complicação, de maneira que ele possa ser tratado o mais rápido possível”.

Entre as medidas adotadas em Campo Grande nessa área, o secretário de saúde cita a reidratação dos doentes ainda na fila para o atendimento e plantões médicos com profissionais especialistas em dengue.

“Conversamos basicamente sobre colocar na escala médicos de referência, capacitar reguladores de acesso aos leitos e sobre reidratação oral. Enfim, algumas medidas que acredito, serão adotadas”, disse Mandetta em relação ao encontro com Côrtes, que saiu sem falar à imprensa.

Ainda de acordo com Mandetta, o estado do Rio e a cidade de Campo Grande tiveram surtos de dengue parecidos em 1998 e 2002. Depois, em 2007, a doença voltou aparecer no Mato Grosso do Sul em forma de epidemia, enquanto no Rio, esse é o ano de preocupação. “Estamos andando mais ou menos a pari passu.”

No campo da prevenção, Mandetta sugeriu o incentivo a mobilizações coletivas para coleta de entulhos. Em Campo Grande, segundo ele, a iniciativa gera frutos até hoje.

“Premiávamos com dinheiro comunidades que retiravam mais entulho. O dinheiro vinha da reciclagem do próprio material, que depois se tornou uma alternativa de renda”, disse.

“Perceberam que o pneu, o saco plástico, a garrafa pet atirados no meio-ambiente era dinheiro jogado fora”, afirmou o secretário.