Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com 50% de seusdomicílios registrando a presença de alguma pessoaentre os beneficiários de programas sociais, Roraima lidera oranking dos estados referente ao recebimento de recursos, proporcionalmente ao número total de residências. Emseguida aparecem o Maranhão, com 41,3% das famíliasatendidas, e o Piauí, com 40,2%. Os índices constam da Pesquisa Nacional por Amostra deDomicílios (Pnad), divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que traz dados dereferentes ao ano de 2006. Naponta inversa do levantamento, os estados de São Paulo, Rio deJaneiro e Santa Catarina são aqueles onde os programas sociais têm menor alcance, em termos percentuais, com índices de 7,6%, 6% e 5,8%, respectivamente.
“Foina Região Nordeste em que se verificaram os maiores contingentesde domicílios que reportaram os programas investigados.O Sudeste foi, claramente, onde se observaram os segundos maioresquantitativos em referência a todos os programas, exceto aoPrograma de Erradicação do Trabalho Infantil, em quetodas asregiões, menos a do Nordeste (cerca de 144 mil domicílios),apresentaram contingentes de atendimento em patamares próximos(entre 26 e 33 mil)”, ressalta o IBGE na pesquisa.
Emtodas as cinco regiões brasileiras, os percentuais dedomicílios em que houve rendimentos a partir do Bolsa Família foram superiores aos dos demais programas. Amaior diferença relativa entre aquele programa e os demais sedeu no Norte e Nordeste. Na primeira região, o Bolsa Família estavapresente em 19,4% dos domicílios, enquanto o Benefíciode Prestação Continuada (BPC) estava em3,8% e o Peti, em apenas 0,8%.
O Norte foi ainda a região ondemais cresceu o percentual de pessoas assistidas por programas sociaisentre 2004 e 2006, de 18% para 24% da população.