Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Emnota oficial, a Casa Civil da Presidência da República negou, mais umavez, ter organizado um dossiê sobre gastos com cartõescorporativos na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A Casa Civil classificou de maliciosa a matéria do jornal Folha de S.Paulo de hoje(28) que aponta a secretária-executiva do órgão, Erenice Guerra, como apessoa que ordenou a elaboração do suposto dossiê. "Amatéria, de forma maliciosa, dá a entender que a secretária-executiva,Erenice Guerra, teria assumido a responsabilidade de 'organizarprocesso de despesas de FHC, isentando a chefe (no caso, a ministraDilma Rousseff) de ter tomado a decisão'. Isso não é verdade. Se 'processo de despesas de FHC', nas palavras do jornal, é sinônimo paradossiê, a secretária-executiva nunca assumiu essa responsabilidade pelosimples fato de que nunca existiu qualquer dossiê", diz a nota. ACasa Civil insiste que não existe dossiê, mas "fragmentos de uma basede dados em fase de digitação para alimentação do Suprim [Sistema de Suprimento de Fundos], que visaunicamente organizar os dados relativos aos gastos com suprimento defundos desde 1998 até hoje".Na nota, a Casa Civil destaca a abertura de uma comissão de sindicância paraapurar o vazamento das informações consideradas sigilosas e nega que a secretária Erenice Guerra tenha convocado reunião comtécnicos para elaborar o suposto dossiê, como afirma a matéria da Folha de S.Paulo.