Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As família beneficiadas pelo Programa Bolsa Família e o Programa deErradicação do Trabalho Infantil (Peti), detransferência de renda do governo federal, são as quetêm o maior número médio de pessoas: 4,8 e 5,2por domicílio, respectivamente. Segundo o levantamentosuplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNAD 2006) sobre Acesso a Transferências de Renda de ProgramasSociais, divulgado hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE) esses dados reforçam a dependênciaeconômica de parte dos moradores em relaçãoàquelas pessoas responsáveis pelos recursos parasustentar a casa.Esses programas, por definição,são voltados para unidades domiciliares com crianças eadolescentes. A Região Norte, que apresentou a estruturapopulacional etária mais jovem, também conta com números médios de moradores mais elevados entreos domicílios beneficiados por programas de transferênciade renda dos governos. No caso do Bolsa Família, a médiaé de 5,3 moradores, e no Peti, de 5,6. Segundo o IBGE, osdados do levantamento estão de acordo com oobjetivo de programas como o Bolsa Família, "direcionadoa famílias com rendimentos mais baixos e àquelas que,além de sofrer restrição monetária,tenham em sua composição crianças e adolescentesde até 15 anos de idade". Em 2006, a população de zeroa 17 anos representava 46,1% dos moradores dos domicíliosbeneficiados por programa, e correspondia a 31,6% do total dosmoradores de domicílios brasileiros. O estudo tambémapontou que, apesar de as Regiões Sul e Sudeste apresentarempopulação mais envelhecida no total dos domicíliosdo país, quando se observa apenas a estrutura etáriados moradores de residências atendidas por programas, acomposição é homogênea em todas asregiões. Isso, segundo o documento, "reflete oatendimento prioritário aos domicílios em que vivia apopulação mais jovem".