Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osmaiores percentuais de posse de bens duráveis no Brasil sãoregistrados em domicílios em que os programas sociais nãochegam, mas o crescimento relativo desse tipo de consumo ocorre deforma mais destacada nas famílias alcançadas pelosbenefícios. Foi o que revelou (28) a PesquisaNacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada hoje (28) peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),referente a dados de 2006.
“Houvemelhoria em todos esses indicadores em relação a 2004,tanto no Brasil quanto regionalmente, à exceção dofreezer”, destaca o texto da Pnad.
O percentual dasfamílias beneficiadas por algum programa de transferênciade renda que tinham televisão subiu 5,4 pontos percentuais entre 2004 (ano-base da pesquisa anterior) e 2006, chegando a 87,9% . Entre as famílias que não recebem dinheiro dosprogramas, a elevação do índice foi de apenas2,4 pontos percentuais, passando de 91,8% para 94,2%.
Percentuais de crescimento de consumo semelhantes foram verificados em relação ao consumode geladeiras. A Pnad indica que elas estavam presentes em 76,6% dos domicílios contemplados por programas sociais em 2006. Em2004, esse índice era de 72,1%
A aquisiçãode microcomputadores aumentou tanto entre as famílias beneficiadas por programas de transferência de renda como entre aquelas que não são atendidas. Do total de domicílios que não recebem benefícios, 26,4% possuíam computadores em2006, contra 19,2 % em 2004.
Entre as famílias atendidas porprogramas sociais, o percentual mais doque dobrou entre os dois anos considerados, passando de 1,4% para 3,1%.