Luana Lourenço*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OMinistério do Meio Ambiente espera que até junho seja concluída a elaboração dos PlanosMunicipais de Intervenção em Áreas Alteradas,que vão direcionar as ações de combate à degradação da floresta em cidades da Amazônia Legal. A previsão é da gerentede projetos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, Ana Beatriz deOliveira, que participou hoje (24) de oficina com representantes dos municípios.
Com basena Agenda 21, os planos pretendem definir estratégias derecuperação de áreas de preservaçãopermanente e de reserva legal, e reintroduzir áreas abandonadasno processo produtivo dos municípios, por meio do usosustentável dos recursos naturais.
“Oobjetivo recordar o que oedital dizia e saber como nós podemos apoiar os municípios na finalização dos produtos, para que eles consigam fecharo plano da forma mais legítima em relação àsituação local. Ou seja, para que eles simplesmente nãocontratem consultorias e os consultores produzam em seus gabinetes”,detalhou Oliveira.
De acordo com a gerente, cerca de R$ 8 milhõesforam repassados às prefeituras para a elaboraçãodos projetos. Durante a oficina, que termina amanhã (25), osgestores municipais vão receber orientações depesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(Esalq).
“Estava faltando uma capacitação com instrumentosmetodológicos que orientassem a elaboração dosplanos”, avaliou o secretário de Meio Ambiente de Rondon doPará (PA), Fidélis Paixão. O municípioestá entre os 36 que mais desmataram a Amazônia em 2007.
Paixão disse esperar que o plano estimule“um pacto” entre a comunidade, os produtores rurais,proprietários de terra e até os madeireiros pararecuperar as áreas degradadas. “Queremos sair da lista, serum município com desmatamento zero”, afirmou.