Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As medidas anunciadaspela equipe econômica, no último dia 12, para conter aqueda do dólar ainda precisam de tempo para terem seus efeitosavaliados, disse hoje (24) o ministro da Fazenda, Guido Mantega,depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula daSilva, no Palácio do Planalto.“É muito cedo para sabermos a repercussãodessas medidas. Os efeitos da medida de liberalizaçãoda arrecadação das exportações sóvão aparecer mais adiante, mas ela foi recebida muito bem pelomercado”, afirmou o ministro.Segundo Mantega, a cobrança de Impostosobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicaçõesde estrangeiros deverá surtir os efeitos esperados. “Masainda precisaremos acompanhar o desempenho da economia para sabermelhor”, ponderou.Para estimular as exportações, ogoverno tributou estrangeiros que investem em capital de curto prazono Brasil para impedir que a moeda norte-americana continuasse a sedepreciar. Hoje, o dólar comercial fechou o dia a R$ 1,75. Outra medida foi permitir que empresáriosque exportam mantenham toda a receita com as vendas internacionais noexterior e deixem de pagar IOF ao converter os dólares emreais. As aplicações estrangeiras em renda fixa e emtítulos do governo federal, no entanto, passaram a pagar 1,5%de IOF. As medidas de estímulo à exportaçãovigoram desde o dia 17.De acordo com Mantega, a crise da economianorte-americana também foi abordada no encontro com opresidente. Ele ressaltou que o cenário internacional continuacomplicado, mas que o Brasil ainda não foi atingido.“A crise continua séria, porém elanão tem apresentado nenhuma repercussão sobre o Brasil,o que não quer dizer que nós não tenhamos umaposição de precaução, de atenção”,avaliou o ministro. “O crescimento interno e os investimentos [noBrasil] não estão sendo desestimulados”, disse.