Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente LuizInácio Lula da Silva negou hoje (24) que o Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) tenha cunho eleitoreiro. Após enumerar algumas das conquistas atribuídas às ações do governo, ele rebateu mais uma vez matérias publicadas recentemente pelaimprensa que relacionam a iniciativa e a proximidade das eleições. “Ora, é nomínimo uma coisa que me deixa indignado. Ou seja, o governonão está disputando nenhuma eleição. Nãotem eleição para presidente da República e nãotem eleição para governador. O programa é umprograma que o governo federal anunciou com dois anos de antecedênciae esse dinheiro agora está gerando aquilo que nósqueríamos que ele gerasse: emprego e melhoria na vida daspessoas”, afirmou em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente.A distribuiçãoda verba do PAC, garante Lula, não privilegia administraçõesde partidos da base aliada do governo. “Quando vamos a umacidade, eu não quero saber se o prefeito é candidato àreeleição, se o prefeito é do PFL, se o prefeitoé do PT ou do PSDB. Ou seja, eu quero saber que ele tem umaobra importante para ser feita, sobretudo quando se trata deurbanização de favela e saneamento básico”.No início domês, o presidente fez declaraçãosemelhante. Durante lançamento de obras do PAC naperiferia do Rio de Janeiro, Lula afirmou que o programa foiimplantado em momento oportuno porque seu mandato termina em 2010 eele não pode disputar a reeleição. Balanço dogoverno após um ano do programa apontouque 87% das metas propostas apresentavam andamento adequado.Representantes da sociedade, no entanto, apontaram falhas no PAC. Emnota, a direção da Central Única dosTrabalhadores (CUT) reclamoude “deficiências graves” nas iniciativas. Já aConfederação Nacional da Indústria (CNI)publicou texto em que o primeiro ano do programa foi consideradoinsuficientepara modernizar a infra-estrutura do país.