Continuam as filas e reclamações por causa do atendimento nos hospitais públicos do Rio

24/03/2008 - 14h59

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As filas e reclamações prosseguem nas emergências doshospitais públicos da zona oeste do Rio de Janeiro, onde aspessoas com suspeita de dengue estão procurando atendimento. A região concentra o maior númerode registros da doença na cidade. No Hospital EstadualPedro II, em Santa Cruz, onde na semana passada mais dez leitos foramabertos para reforçar o atendimento a pacientes com dengue,dois pediatras trabalhavam no plantão na manhã de hoje(24).Às 11h, noentanto, mais de 20 crianças aguardavam na fila. A dona decasa Maria Herculano, mãe de Elias, de 1 ano e 11 meses, comsuspeita de dengue, reclamou da situação. Ela estava nafila para atendimento há cerca de duas horas. "Isso aqui estámuito cheio e é difícil ficar com criança dessejeito, mas não posso voltar para casa com ele assim.Infelizmente, preciso ter paciência", disse. A dona de casa Helenade Almeida também tinha a mesma reclamação doatendimento. "Estive aqui com ele na última sexta-feira(21) e apesar de já suspeitarmos que ele tinha dengue, amédica que nos atendeu não pediu o exame de sangue. Elame mandou voltar se ele não melhorasse. Por isso estamos aquide novo, esperando há mais de uma hora e sem saber quandoseremos atendidos", disse.No Hospital EstadualAlbert Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste, asreclamações se repetiram. Os adultos com suspeita dedengue que procuravam atendimento na unidade de saúde tambémencontraram dificuldades. A chefe de equipe doHospital Albert Schweitzer, Patrícia Coelho, reconheceu que osatendimentos estão "muito acelerados por causa daepidemia de dengue", mas garantiu que todos os médicos deplantão - cinco pediatras e dez clínicos gerais -estavam trabalhando normalmente.Na semana passada, AnaClara Gonçalves, de sete meses, morreu na unidade, apóster passado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, ondeuma pediatra havia faltado ao plantão. A Secretaria estadualde Saúde reconheceu, por meio de sua assessoria de imprensa,que com a epidemia de dengue, a demanda nas emergências doshospitais aumentou e, conseqüentemente, as filas. Mas garantiuque todos os pacientes estão recebendo atendimento.