Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo tibetano noexílio apelou hoje (15) a um inquérito da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) sobre os atos de violênciaque causaram a morte de pessoas que protestavam contra o domíniochinês. Os atos foram classificados como “violaçõesde direitos humanos”. As informações são daAgência Lusa.Os protestos nacapital do Tibete, Lhasa, começaram há cinco diasquando monges budistas faziam passeata em defesa de um levante noTibete que ocorreu há 49 anos, contra o domínio chinês.Os manifestantes foram reprimidos pelo exército da China, paísao qual o Tibete foi anexado na década de 1950. O caso do Tibete éfonte de tensões entre Nova Delhi (capital indiana) e Pequim(capital da China), uma vez que a Índia acolhe em seuterritório o chefe espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, bemcomo abriga seu governo no exílio, instalado em Dharamsala,norte do país. O Ministériodos Negócios Estrangeiros da Índia declarou hoje estar"consternado" pelos incidentes e "pela morte depessoas inocentes" no Tibete e apelou ao diálogo para aresolução do conflito. "Estamos preocupados pelasinformações sobre a situação agitada e deviolência em Lhasa e pela morte de pessoas inocentes",afirmou o ministério, por meio de comunicado. Não se sabe aocerto o número de mortos nos conflitos. O governo no exíliodeclarou que tem um balanço confirmado de "cerca de 30mortos". Segundo a Agência Lusa, informaçõesnão confirmadas, entretanto, referem-se a "mais de 100mortes". "Esperamos quetodos os que estão implicados se mobilizem para melhorar asituação e fazer desaparecer as causas dessasperturbações no Tibete, que é uma regiãoautônoma da China, através de diálogo e de meiosnão violentos", acrescenta a nota do ministérioindiano.