Felipe Linhares
Da Agência Brasil
Brasília - Mesmo com a resolução aprovada na última semana pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a crise entre Colômbia e Equador ter evitado o confronto armado, a tensão na região põe em risco a integração dos países sul-americanos.A afirmação foi feita pelo do professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) Tullo Vigevani, especialista em questões relacionadas à América do Sul, em entrevista à Radio Nacional na última semana. De acordo com Vigevani, o acordo firmado na OEA diminui as tensões, mas não acaba com a instabilidade e problemas internos desses países, como é o caso do Bloco Andino, formado por Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.“O Bloco Andino está profundamento minado por essas contradições entre os países da região, ainda que a liberdade de comércio entre [eles] continue funcionando.”O conflito entre Colômbia e Equador começou sábado (1º) quando membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos pelo Exército da Colômbia em uma operação militar realizada em território equatoriano. Durante a incursão das tropas colombianas, o porta-voz e número dois no comando da guerrilha, Raúl Reyes, foi morto.Para o especialista, a resolução da OEA só não garante a paz efetivamente porque o problema do narcotráfico vai continuar. “A América do Sul, e alguns países como a Colômbia, têm que encontrar um caminho para a solução de seus problemas.”