Solução para aquecimento não se sobrepõe à necessidade de crescimento, diz Zoellick

21/02/2008 - 14h18

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Umasolução global para o enfrentamento das mudançasclimáticas não pode desconsiderar o "direito aodesenvolvimento" reinvidicado por países como Brasil,China e Índia. A afirmação foi feita hoje (21),por meio de videoconferência, pelo presidente do Banco Mundial,Robert Zoellick, durante o fórum dos legislafores do G8 e demais cinco países de economia emergente. O G8 é formadopelos sete países mais industrializados do mundo, mais aRússia. "É preciso que os paísesricos compreendam que nenhuma negociação global lograráêxito se os países em desenvolvimento continuarem aperceber nas economias emergentes uma possível ameaçaao desenvolvimento econômico e social", disse Zoellick. SegundoZoellick, cabe aos países ricos "exercer uma liderançaglobal" e apoiar políticas de desenvolvimento sustentávelnas nações em desenvolvimento, para garantir um"crescimento mais verde" nesses países. Ele disseque o banco, "como cooperativa mundial", estádisposto a intermediar a transferência de recursos e tecnologiaentre as nações mais industrializadas e os paísesem desenvolvimento. "Vamos trabalhar para apoiarpesquisas referentes a políticas sobre mudançaclimática e desenvolvimento, para a partilha de informaçõese para estratégias de atenuação e adaptaçãoque sejam efetivas em relação aos custos". Deacordo com Zoellick, o banco já tem projetos em andamento noBrasil, China, Índia, Indonésia, México e Áfricado Sul. A reunião de legisladores do G8 e mais cincoeconomias emergentes é organizada pela Globe - OrganizaçãoMundial de Legisladores para um Ambiente Equilibrado. O objetivo doencontro de parlamentares é elaborar um documento compropostas de enfrentamento das mudanças climáticas aser levado para a próxima reunião do G8, em julho, noJapão.