Estrangeiros têm interesse no Complexo Petroquímico do Rio, revela Petroquisa

21/02/2008 - 20h03

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Petroquisa, José Lima Neto, revelou hoje(21) que pelo menos três grupos estrangeiros já procuraram a Petrobras interessadosem participar da composição acionária do Complexo Petroquímico do Rio deJaneiro (Comperj), um projeto que envolve investimentos de US$ 8,4 bilhões.SegundoLima Neto a participação dos sócios estrangeiros poderia implicar emcontrapartidas em produtos nos primeiros anos de funcionamento do pólo.“É evidente que o Comperj terá excedente de produção em umprimeiro momento, e é neste excedente que os grupos estrangeiros estão interessados.Eles poderiam fornecer tecnologia e em troca comprar parte da produção inicialdo Comperj”, explicou. EmboraLima Neto tenha esclarecido que não há qualquer impedimento na lei sobre aparticipação de sócios estrangeiros no projeto a ser implantado em Itaguaí, a intenção inicial da Petrobras é a de fortalecer e dar prioridade aosgrupos nacionais.“Evidentemente que queremos fortalecer os grupos nacionais eestamos negociando neste sentido. Mas por enquanto estamos ainda na fase deestudos e não há previsão sobre a definição da composição acionária do projeto.Há o Grupo Ultra, nosso parceiro de primeiro momento, assim como o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] quetambém tem interesse em participar do projeto. Mas, repito, estamos ainda eminício de conversa”.Ao participar da solenidade deabertura do Fórum de Planejamento Estratégico do Comperj, organizado pelaFederação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente daPetroquisa afirmou que, apesar da indefinição em relação à composição acionáriodo projeto, o cronograma de implantação do pólo está mantido e o início asobras de terraplenagem começarão no final de março.O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro é o maior empreendimento industrial das últimas décadas no Brasil e um dos maiores do mundo no setor petroquímico. O complexo vai gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos e terá capacidade para processar 150 mil barris por dia de petróleo pesado proveniente da Bacia de Campos, para produzir matéria-prima petroquímica e derivados.