Duas pessoas ainda estão desaparecidas após naufrágio no Rio Amazonas

21/02/2008 - 20h55

Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Pelo menos duas pessoas ainda estão desaparecidas no Rio Amazonas,nas proximidades da comunidade Novo Remanso, localizada a cerca de 90quilômetros da capital. Eles eram passageiros do barco Almirante Monteiro, que saiu de Alenquer, no Pará, com destino a Manaus, e naufragou por  voltadas 22h30 de ontem (20). Segundo o comando do Corpo de Bombeiros doAmazonas, foram encontrados 11 corpos, entre eles os de quatro crianças.Onaufrágio ocorreu após o choque do barco com uma balsa de transporte decombustível, que navegava em sentido oposto. Uma equipe da PolíciaCivil estava perto do local e percebeu quea balsa foi deslocada sem que ninguém tivesse prestado socorro àsvítimas. Por isso os policiais se apressaram para ajudar os passageirose acabaram transportando 92 pessoas até a Vila Novo Remanso, acomunidade mais próxima dali, numa viagem que durou dez minutos paradeixar em terra firme os náufragos.Pouco depois do acidente,  o Comando do 9º Distrito Naval determinou a ativação de um plano de resgatedas vítimas. As buscas começaram durante a madrugada epermaneceram ao longo do dia. Só foram encerradas porvolta das 20h (horário de Brasília), "quando já estava escuro e o rio,bastante agitado", informou o comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, coronel AntônioDias.SegundoDias, ainda não se sabe exatamente quantos passageiros estavam no barcono momento do acidente, porque de acordo com o comandante, 70 passageiros e 12 tripulantes saíram de Alenquer,mas houve outros embarques ao longo do trajeto. Ainda assim, eledisse não acreditar em superlotação, já que a capacidade dessebarco era transportar até 165 passageiros. A viagem entre as duascidades tem duração aproximada de 20 horas."As listas dos passageiros também afundaram e por issonão dá para saber, ainda, exatamente quantas pessoas estavam embarcadas.Somando os números que temos, verificamos que a quantidade está aquém da capacidade do barco", declarou.Ocomandante do posto policial militar de Novo Remanso, Raimundo NonatoPimentel, ajudou a prestar os primeiros atendimentos aos sobreviventes e disse que chovia na hora do naufrágio: "O desespero era total, os próprios moradores da vila nos ajudaram, abrigando crianças e os mais velhos, fornecendo agasalhos. Ao mesmo tempo, acionamos os bombeiros, a Capitania dosPortos e a Defesa Civil, inclusive de Itacoatiara, a cidade maispróxima daqui."Dos 92 sobreviventes, 72 foram levados para Manaus e 20 voltaram para o Pará. A Marinha informou que vai instaurar inquérito para apurar o que ocorreu.