Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 11,25%pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desapontou o presidente da ForçaSindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Em nota oficial, ele afirma que adecisão inibe o crescimento do setor produtivo: “Édecepcionante a decisão do Copom de continuar com taxa Selic em 11,25%. O BancoCentral insiste em manter uma camisa-de-força no setor produtivo, inibindo ageração de empregos e renda. Manter esta política de juros altos é o mesmo quebeijar a mão dos especuladores. Esta medida desagrada os trabalhadoresbrasileiros que anseiam por uma robusta queda na taxa básica de juros.”Segundo Paulinho, a baixa nas bolsas internacionais e o risco de recessão nosEstados Unidos não justificam a taxa de juros adotada no país: ”Não há justificativa para manter os juros neste patamar estratosférico,penalizando o crescimento econômico. Os trabalhadores refutam a hipótese de quea preocupação com a meta da inflação tenha sido o fator responsável pelamanutenção da taxa Selic em índice tão alto.” O dirigente sindical prevê ainda alteração nos investimentos internos: "A decisão do governo compromete o crescimento deste primeiro semestre, causando umimpacto negativo e adiando importantes investimentos. O país precisa de umaseqüência ininterrupta de queda na taxa básica para alavancar o crescimento deforma sustentável.”