Economista defende que redução da Selic poderia garantir câmbio mais estável

24/01/2008 - 0h16

Renata Pompeu
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O professor FredericoJaime Júnior, chefe do Departamento de Economia daUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG) defendeu hoje (24) uma quedana taxa básica de juros, a Selic. Para o economista, umaredução na Selic como houve nos Estados Unidos poderia garantir uma taxa de câmbio mais estável.Ontem (23) o Comitêde Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)manteve a Selic em 11,25% ao ano sem viés (sem previsãode ajustes). Na terça-feira (22) o Federal Reserve (o BancoCentral norte-americano) anunciou redução em sua taxabásica de 0,75 ponto percentual, de 4,25% para 3,50% ao ano.“O problema disso [manutenção da Selic] é que a distância entre a taxa dejuros brasileira e a norte-americana pode ter um efeito problemáticosobre a taxa de câmbio no Brasil, que vai continuar sevalorizando”, disse. A declaraçãofoi dada em entrevista hoje (24) à Rádio Nacional.Mas Jaime Júnioravaliou também que a cautela do Banco Central corresponde ao esperado. “Obviamente em meio aesses problemas – primeiro da crise dos subprime [hipotecasde alto risco] dos Estados Unidos e depois dessa perspectiva derecessão – obviamente o Banco Central vai tender a ser aindamuito mais cauteloso”, avaliou.