Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco estar confiante na economia brasileira diante da crise no mercado imobiliário norte-americano. E acrescentou que o país já diversificou suas exportações: "Hoje nós não dependemos mais apenas dos Estados Unidos. Temos exportações para muitos países e seria pequeno o efeito [da crise] aqui." Lula ressalvou, porém, que é preciso avaliar o tamanho da crise e afirmou que se a instabilidade atingir a Europa o comércio mundial seria afetado com mais vigor. "Nós nunca tivemos na história do país um momento em que as coisas estivessem tão bem. A construção civil está recuperada e crescendo. A indústria naval está crescendo. A indústria automobilística vendeu nos primeiros 15 dias de janeiro 58% a mais que no ano passado. Com isso, estamos tranqüilos", disse. Sobre o aumento no índice de desmatamento na Amazônia, o presidente informou que na próxima semana enviará uma equipe de ministros para verificar a situação no local. Os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também foram comentados por Lula, ao garantir que "para cumprir as obras, que vão significar melhoria para as pessoas que moram nas favelas, o governo federal fará tudo aquilo que for necessário fazer, porque as pessoas vão perceber que a vida vai melhorar, e muito, em toda a periferia do Rio de Janeiro, de São Paulo e outras capitais". O presidente ainda destacou a parceria com o governador Sérgio Cabral: "Na hora em que ele precisar, ele sabe que tem um companheiro em Brasília."Lula será homenageado nesta noite com jantar pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, e amanhã (25) participará de ato para lembrar as vítimas do holocausto, no Palácio do Itamaraty, no centro da cidade. No domingo (27) é comemorado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.