Novo aeroporto deve ficar a até 70 quilômetros de Congonhas, diz presidente da Anac

24/01/2008 - 0h18

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidente da AgênciaNacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira,confirmou que o governo tem em vista quatro possíveis locaispara construir um novo aeroporto em São Paulo.

“Identificamos quatro sítiosaeroportuários. O mais perto do Aeroporto de Congonhas estáa 30 quilômetros. O mais distante, se não me engano,está a 70 quilômetros”, adiantou Vieira àAgência Brasil na noite de ontem (23). Ela disse que as opções já foram apresentadas ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à Casa Civil e ao Conselho de Aviação Civil (Conac).

Segundo a presidente da Anac, oslocais em estudo ficam em regiões distantes uns dos outros e sãomantidos em segredo a fim de evitar especulaçãoimobiliária. Ela explicou que o lugar exato só serádefinido após aprofundamento dos estudos técnicos, ese afirmou otimista: “A partir do anúncio da inclusãono PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]do orçamento inicial para a compra do terreno, elaboraçãodo projeto e terraplanagem, inicia-se a discussão dalocalização do aeroporto”.

Em julho de 2007, o Conac havia estabelecidoque os estudos sobre as opções de localizaçãodo terceiro aeroporto de São Paulo deveriam ser entregues até18 de outubro do mesmo ano. Atendendo a pedido da Secretaria deAviação Civil (SAC), criada no início de outubroe na época comandada por Solange Vieira, o prazo acabouprorrogado por 180 dias, ou seja, até 14 de abril deste ano.Na última segunda-feira (21), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já havia falado sobre a construção do novo aeroporto. Em entrevista coletiva para anunciar a volta de conexões, escalas e vôos fretados a Congonhas, Jobim disse esperar que o melhor local esteja definido até junho de 2009. “A aquisição do terreno e da terraplanagem para o novo aeroporto de São Paulo está orçado em R$ 2 bilhões de reais. Destes, R$ 40 milhões seriam gastos na elaboração do projeto. Evidentemente, essa é uma solução de longo prazo", disse o ministro, evitando confirmar as perguntas sobre quantos locais estavam em estudo e em que regiões ficariam. (A matéria foi alterada para acréscimo de informações)