Fórum Econômico Mundial discute inovação colaborativa e a crise nos Estados Unidos

23/01/2008 - 15h45

Ana Luiza Zenker*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Começou hoje (23), na cidade de Davos, na Suíça, a reunião anual do Fórum Econômico Mundial. A sessão de abertura foi marcada pelo chamado de todos os vice-presidentes do encontro a que se exercite O Poder da Inovação Colaborativa, tema o encontro de 2008.“Este é um momento de grande insegurança e desafios no mundo, mas isso faz com que um encontro como este seja ainda mais importante, o tema do encontro anual, O Poder da Inovação Colaborativa, é a resposta para todos os grandes desafios globais que enfrentamos”, afirmou o ex-primeiro-ministro do Reino Unido e membro do Grupo Fundador do Fórum Econômico Mundial Tony Blair.“Junto com o tema principal do encontro, eu gostaria de ver os participantes trabalhando as questões da paz e das mudanças climáticas, assim como o tema do crescimento inclusivo”, afirmou o diretor e presidente-executivo do Banco ICICI, da Índia, K. V. Kamath. “Como nós podemos colaborar de forma inovadora para ir ao encontro das necessidades da população [pobre] em todo o mundo? Eu vou colaborar para ver como podemos fazer mais”, completou.A crise econômica nos Estados Unidos também foi tema das primeiras discussões na reunião do fórum. Apesar de os participantes de uma sessão sobre economia global concordarem que o risco de uma recessão é grande e crescente, não houve acordo sobre o potencial impacto no resto do mundo.“Uma grande recessão na maior economia do mundo vai resultar inevitavelmente em uma diminuição forte no ritmo de crescimento no resto do mundo”, afirmou o presidente da Roubini Global Economics, Nouriel Roubini. Por outro lado, o ministro de Comércio e Indústria da Índia, Kamal Nath, argumentou que o aumento no comércio entre países em desenvolvimento pode amenizar o efeito de uma recessão nos EUA.A reunião do Fórum Econômico Mundial conta com a presença de 27 chefes de Estado de todo o mundo, que debaterão e analisarão os principais temas para a agenda global 2008. No total, serão mais de 2,5 mil participantes, de 88 países, incluindo também empresários, líderes religiosos, de organizações não-governamentais e jornalistas.O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participa do encontro a partir de sexta-feira (25). Além de eventos do fórum, Amorim também deve se reunir com representantes de órgãos internacionais e da União Européia.