Economista diz que obras previstas no PAC foram pouco executadas em 2007

23/01/2008 - 13h01

Deborah Souza
Da Agência Brasil
Brasília - O balanço do primeiro ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apresentado ontem (22) pelo governo, mostrou que 86% das obras previstas estão com andamento adequado. Segundo o Comitê Gestor do PAC, 62% das ações incluídas no programa conseguiram sair do papel e foram, pelo menos, iniciadas em 2007. Na avalição do coordenador do Sindicato dos Economistas do Rio de Janeiro, Sidney Pascotto, entretanto, o balanço não é tão satisfatório. “A leitura que nós fazemos é um pouco diferente da leitura oficial. Achamos que houve uma expectativa bastante forte em torno do PAC e, passado um ano, de tudo o que estava previsto, pouco foi  executado", disse ele, em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional. Pascotto salientou que a economia brasileira está estagnada. Ele ressaltou que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2007 era de 5,2% e que, para 2008, as projeções do Banco Central indicam média de 4,5%. “Então, na verdade, estamos tendo uma continuidade, uma desaceleração, e isso vai na contramão do que está previsto nas projeções do FMI [Fundo Monetário Internacional] para o crescimento da economia mundial, que é 4,8% para 2008.”O economista lembrou que os países em desenvolvimento vão crescer, em média, 7,4%. “Então, o que a gente poderia dizer é que a economia brasileira está afundando. Há quase três décadas, passa por estagnação.”