Renata Pompeu
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As ferrovias brasileiras vão receber investimentos de R$ 796 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para melhorar o transporte de passageiros. A informação é do diretor da Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, que participou hoje (18) de audiência pública no Senado Federal sobre a situação do transporte ferroviário no Brasil.Carneiro Filho destacou os investimentos no transporte ferroviário de passageiros, que, segundo ele, é uma das prioridades do Ministério dos Transportes. O diretor destacou que o Plano de Revitalização de Ferrovias, lançado pelo presidente luiz Inácio Lula da Silva, inclui o Programa de Resgate de Transporte de Passageiros.“O ministério vem incentivando [o transporte ferroviário de passageiros], porque a questão da carga os próprios concessionários vão atrás de suas soluções, mas o transporte de passageiros, que foi desativado nos idos de 96, ficou um pouco solto, apenas em três linhas regionais: Vitória - Minas; Parauapebas [Pará] - São Luís; e Santana [Amapá] - Serra do Navio [Amapá]”, comentou.O objetivo dos investimentos na área é desafogar as rodovias e aeroportos. Segundo o ministério, o projeto de utilizar trens para o transporte de passageiros é mais barato e menos poluente do que outras opções terrestres ou aéreas. Outra vantagem apontada é a segurança do sistema.A previsão é que em sete anos 14 trechos de ferrovias em 12 estados estejam em condições para o transporte de passageiros. Outro projeto em estudo prevê a construção de uma linha de trem de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo.Segundo o diretor da Política Nacional de Transportes, os dois estados concentram 45% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma das riquezas produzidas no país, e 50% das indústrias. A estimativa é que 3 milhões de passageiros passem pela ponte aérea Rio-São Paulo todos os anos.Ainda não há definição se o projeto de construção da linha de trem de alta velocidade será executado pelo poder público, por empresas privadas ou por meio de uma parceria entre os dois.