Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os gastos públicosno setor cultural aumentaram de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$3,1 bilhões em 2005, segundo o estudo Sistema de Informaçõese Indicadores Culturais, divulgado hoje (18) pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O governo federal, querespondia por 14,4% dos investimentos em cultura em 2003 passou para16,7% dois anos depois. Já os governos estaduais saíramde 31,7% para 36%, e os municípios, apesar de continuarem coma maior parte dos gastos, reduziram as suas contribuiçõesno período, passando de 54% para 47,2%. A despesa per capitatotal das três esferas de governo saltou de R$ 12,9 bilhõesem 2003 para R$ 17 bilhões em 2005. Segundo o IBGE, aregião que mais se destacou foi a Centro-Oeste, o que estarialigado à concentração dos gastos da União,especialmente no Distrito Federal, que é sede da maior partedos órgãos do governo federal. Segundo ainda o IBGE,São Paulo e Bahia foram os estados com maior participaçãonos gastos e os dois mantiveram essa superioridade entre 2003 e 2005.São Paulo obteve uma variação positiva naparticipação de 28,2% em 2003 para 28,6% em 2005,enquanto que a Bahia teve uma ligeira queda de 10,6% para 10,1%. A distribuiçãopercentual dos gastos da esfera municipal com cultura, por unidadesda federação, mostrou a maior representatividade dosmunicípios de São Paulo, a pesar da perda no períodoanalisado, que passaram de 32% em 2003 para 28%, em 2005. O Rio de Janeiro, quevinha logo a seguir com 14,8%, perdeu participaçãonesses dois anos, caindo para 10,1%. Já Minas Gerais, cujosmunicípios representavam 7,3% em 2003, aumentaram suaparticipação para 11,4%, ocupando a posiçãoque antes era do Rio de Janeiro.