Para gestor da Pastoral da Criança, direito da mulher não pode ferir direito à vida

16/11/2007 - 21h31

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A deliberação da plenária final da 13ª Conferência Nacional de Saúde, sobre recomendações para a descriminalização do aborto, no domingo, não fará mais do que ampliar a discussão. A avaliação é do gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur. A entidade defende que o aborto seja enfrentado com ações de promoção da mulher e vê impedimentos legais para que a proposta de descriminalização avance. “A criança é um outro ser que a legislação constitucional protege desde a concepção. Então, somos contrários não só por princípios cristãos, mas também de direito”, afirmou hoje (16) Boufleur, em entrevista à Agência Brasil.O gestor da Pastoral da Criança também disse que estudos comprovam influências negativas no corpo da mulher que pratica o aborto, como o aumento da incidência de câncer de mama. Ele recomendou a adoção de políticas que garantam orientações adequadas a todas as mulheres no período de gestação: “O direito da mulher é só um lado da história, mas não é o único”.