Agentes da Operação Araribóia queimam mais uma plantação de maconha e cacique será processado

16/11/2007 - 21h42

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presença dequase 200 agentes de fiscalização e policiamento em Arame, no Maranhão, no extremo leste da terra indígenaAraribóia, já surte efeitos. Ontem (15) foramapreendidos e queimados por agentes da Polícia Federal 1.800pés de maconha encontrados nas proximidades da Aldeia Criuli,onde vivem índios da etnia Guajajara. Era um plantio novo, quenão estava em fase de colheita, e o cacique Manoel Paranan nãofoi preso, mas será indiciado, informou o administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz (MA),José Leite Piancó. A coordenação da operação havia prometido que os índios flagrados emirregularidades seriam tratados no rigor da lei. Em açõesanteriores da força-tarefa, outros 5 mil pés de maconhaforam queimados. Em quase todas as aldeias dos índios guajajara há alguns pés mas, na maioria delas,suficientes apenas para consumo próprio. A OperaçãoAraribóia também combate exploraçãoilegal de madeira e os incêndios criminosos na terra indígena. Ontem (15), foram apreendidos mais doiscaminhões carregados de toras e um trator. Dez serrarias já estão lacradas nas cidades de Arame eAmarante. Na região de Arame estão o maior número dealdeias e as áreas mais devastadas. Há indícios, ainda, da presença de traficantes eforagidos da Justiça. Nesta semana, 60 homens da Força Nacional deSegurança desembarcaram no acampamento montadopelo Exército no município, sem data parasair. A Operação Araribóia pode ser prorrogadapor tempo indeterminado e, segundo os coordenadores, é certo que não se encerraráantes de meados de dezembro.